COLUNISTAS

O  trabalhar com a infinita dimensão: “oportunidade para todos“ requer competência, preparo, sensibilidade, responsabilidade, dedicação amorosa e quiçá uma supervisão direta.

Olhando para a realidade temos que buscar forças para não cair no desalento. A pobreza de recursos e atitudes não tomadas ou mal tomadas poderão resultar em um fracasso irremediável e então poderemos estar excluindo quando deveria ser o contrario.

Li certa vez a colocação de um professor referindo-se a alguns alunos com dificuldades de aprendizagem devido a problemas consequentes de síndromes, com sequelas neurológicas: “ É natural que não aprendam, são incapazes...” Poderão ter obviamente limitações mas sempre terão condições para algum aprendizado, quem vive essa realidade sabe que muitas vezes eles nos surpreendem.

Deveria ser perguntado a esse profissional: está dando a devida atenção? Está usando material adequado e que despertem o interesse? Atende individualmente sempre que possível quando necessitam mais de uma motivação e assistência? Não os deixo perceberem minha talvez insegurança ou temores de fracasso?

Quando um professor tem a coragem de interrogar-se, questionando-se sobre seu trabalho no âmbito da inclusão certamente poderá ter respostas que lhe ajudarão produtivamente.

Estudar sempre, expandindo seus horizontes, acreditando que o caminho a ser trilhado terá que ser regado sempre com o amor incondicional.

Ao entendermos o aluno como “o ser que aprende” independente de suas dificuldades, implicitamente se estabelece que nem sempre o que se revela na aprendizagem poderá ser medido, avaliado, conceituado teoricamente mas poderá com certeza  ser sentido e percebido.

As escolas antes de falar em inclusão, deveriam revisar seus currículos, infelizmente não é o que se vê na realidade, os pais se iludem e o aprendente se exclui ou é excluído rotineiramente.

Mais consciência e mais honestidade deveria ser a tônica de  quem administra a escolaridade, pois quem perde sempre é o aluno.