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A erva-mate, usada para fazer o chimarrão, o mate e o tererê, é uma espécie típica da América do Sul, principalmente das regiões subtropicais e temperadas do continente. A planta, uma das mais consumidas pelos gaúchos, pode ser encontrada no Paraguai, Uruguai e Argentina e outros Estados do Brasil.

Ao contrário do que muitos podem pensar, no cenário nacional, a plantação da erva-mate não fica restrita ao Rio Grande do Sul. Atualmente, o Paraná é o maior produtor do Brasil. Segundo dados de 2022 do levantamento Produção Agrícola Municipal (PAM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram produzidas 316,6 mil toneladas de erva-mate no Paraná. Em segundo lugar, ficou o RS, com 210,4 mil toneladas. Por último, Santa Catarina, que produziu 90,5 mil toneladas no ano passado.

Outros Estados também já produziram ou produzem erva-mate, mas em quantidades pouco significativas. Em 2022, o Mato Grosso do Sul produziu pouco mais de mil toneladas em lavouras temporárias. Apesar de soar estranho, a unidade federativa tem a Mata Atlântica como um dos biomas importantes da região. Ou seja, de acordo com o conceito botânico, a erva-mate plantada em solo sul-mato-grossense poderia ser considerada nativa.

No Rio Grande do Sul, estima-se que sejam cultivados mais de 28,1 mil hectares com erva-mate. Segundo os dados do PAM de 2022, o Rio Grande do Sul tem cerca de 162, 2 mil hectares destinados à colheita de diferentes produtos. Já no Paraná, maior produtor do país, a área dos ervais é superior aos 33 mil hectares.

- No Rio Grande do Sul, temos aproximadamente 250 indústrias que processam esse produto, milhares de hectares de erva-mate cultivada e um universo de quase 14 mil produtores que têm a erva-mate como atividade principal ou secundária. Daquilo que produzimos, cerca de 80% são exportados para outros Estados e países, e nós acabamos importando de Santa Catarina e Paraná para fechar a conta do consumo interno - afirma o presidente da Câmara Setorial da Erva-Mate do Rio Grande do Sul, Ilvandro Barreto de Melo.

 

Onde a erva-mate é plantada no RS

O Rio Grande do Sul tem vários polos ervateiros, mas, desde 2009, cinco são considerados os principais: Alto Taquari, Nordeste, Alto Uruguai, Vale do Taquari e Planalto/Missões. De acordo com dados de 2018 do Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate), o Polo Ervateiro do Alto do Taquari, que engloba municípios como Bento Gonçalves e Muçum, é responsável por 60% da produção estadual.

Os Polos Planalto/Missões e Alto Uruguai a 30% da produção, sendo 15% para cada. Os Polos Vale do Taquari e Nordeste, até 2018, respondiam por menos de 10% da produção estadual. Ao todo, mais de 200 municípios são responsáveis pela produção desses polos ervateiros. Segundo dados da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), os ervais estão majoritariamente localizados em pequenas propriedades rurais, e as árvores são plantadas em áreas caracterizadas pela elevada acidez do solo e altos teores de alumínio trocável. Fonte: Adaptado de GZh/Produção: Yasmim Girardi