COLUNISTAS

Através da equipe Ministerial, o Governo Federal anunciou medidas de uso de Inteligência Artificial, para checagem de dados nos programas sociais, como o Bolsa Família. A iniciativa tem por objetivo, a verificação de que as pessoas que recebem tal benefício, realmente se enquadram nos critérios de pagamento. 

De acordo com dados estatísticos, em torno de 2% dos beneficiários do programa, não estão dentro dos critérios exigidos pelo mesmo, sendo que o objetivo é chegar-se a 100% de eficiência. 

Tal procedimento, faz parte do escopo do plano anual da rede federal de fiscalização dos programas Bolsa Família e Cadúnico. O plano, teve início em 2023, com a semântica de prevenção de fraudes e melhora das informações, bem como, fiscalização, sendo que anteriormente, era utilizado o CNIS (antigo PIS), uma forma dos órgãos responsáveis pelos controles dos benefícios, terem acesso a renda das famílias que fazem uso do mesmo. 

Dentre outras metas, há 05 linhas as quais deverão ser trabalhadas pelos agentes fiscalizadores, sendo:

- Evolução no cruzamento dos dados já existentes;

- Ações mais intensas de combate a fraude;

- Não criminilização da pobreza; 

- Transparência e comunicação com a sociedade;

- Estruturação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), nos estados e municípios;

Como estratégia da prevenção de fraudes, está a circunstância de “não aguardar o fato acontecer”, ou seja, cercar-se de ferramentas que evitem a fraude antes de que as mesmas aconteçam e isso envolve todos os programas sociais, hoje, subsidiados pelo Governo Federal. 

O uso da Inteligência Artificial também será estendido para outros setores, que não apenas o social, por iniciativa do governo ou pela iniciativa privada. 

A Reforma Tributária por exemplo, a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deve dispor de um plano de ações para estímulo e desenvolvimento das indústrias brasileiras, incluindo propostas como atrativos para investimentos e mais competitividade econômica, criação de empresa e renda. 

Estão previstas medidas nas áreas econômicas e ambiental, além de, revisões no imposto de renda incidente sobre a pessoa jurídica, onde abrange-se a tributação de lucros e dividendos, bem como, a desoneração da folha de pagamentos dos setores de mercado, mais resplandecentes no quesito mão de obra. 

É premissa ainda da CNI, e neoindustrialização brasileira, ou seja, a modernização e evolução da indústria, o que deve tornar o país mais competitivo em economias internacionais e comprometido com o meio ambiente. 

Com representação de 24% do PIB, a indústria proporcionalmente alavanca:

- 27,2% do valor arrecadado a previdência social;

- 69,3% do volume de exportações brasileiras, de bens e serviços;

- 66,4% do investimento em pesquisa e desenvolvimento;

- 34,4% da arrecadação de tributos federais (exceto a previdência). 

 

1 - Tecnologia: requer investimentos em tecnologia e inovação para aumentar a eficiência da produção, e ainda, a adoção de tecnologias habilitadoras da indústria 4.0, como a Internet das Coisas (IoT), a Inteligência Artificial (IA) e a automação, para melhorar a eficiência e a competitividade da indústria brasileira em escala global.

2- Estrutura industrial: busca pela maior participação de setores de maior complexidade, mais intensivos em tecnologia, em geral, produtores de bens de capital ou de consumo duráveis, que respondam aos desafios atuais da sociedade.

3- Qualificação da força de trabalho: investimentos em educação, treinamento e requalificação. A mão de obra deve estar apta para trabalhar em indústrias modernas e tecnologicamente avançadas.

4 - Políticas industriais: implementação de políticas públicas que busquem promover o desenvolvimento industrial a fim de atender aos desafios da sociedade, focadas em ciência, tecnologia e inovação para aumentar a integração ao mercado internacional e responder às megatendências mundiais.

5 - Sustentabilidade e responsabilidade social: com a crescente preocupação mundial, enfatizada na sustentabilidade e na responsabilidade social das indústrias as empresas estão adotando práticas mais sustentáveis e éticas em suas operações, alinhadas com uma economia de baixo carbono.

6 - Integração global: fomento da integração da indústria brasileira nas cadeias de valor globais, facilitando a exportação de produtos e a importação de tecnologias avançadas. Fonte: CNI - Confederação Nacional das Indústrias