COLUNISTAS

A atenção voltada para o dólar e as mudanças polítcas 12/07/2024

Tem-se visto nos últimos dias, a oscilação da paridade cambial da moeda americana frente ao real, e a consequência disso no mercado financeiro, onde é possível verificar o retrocesso do mercado. 
Inclusive, menções a uma saída do Ministro da Economia do atual governo. Fato é que o País não está voltado somente para essa direção. Pelo contrário, muito se fala sobre as reformas tributárias, aumento de impostos, alianças fortalecidas no âmbito do Mercosul, porém, seja uma ou outra situação, nada tem ligação com políticas pública ou políticas econômicas internas. 
Estas últimas, continuam enfraquecendo, nada se vê de democracia na atual condução do país, tampouco é possível prever algo que se ligue a crescimento, quando se aborda esse assunto de forma geral. 
Obviamente que, quando se analisar determinadas áreas do mercado, o comportamento pode ser controverso a afirmação acima, mas de forma geral, não há muito o que se esperar em relação a estabilidade ou crescimento. 
Favorecer uma fração da população é algo que não irá movimentar a economia de forma que traga benefícios a todos os cidadãos. 
Desanda o mercado varejista, com a continuidade das recuperações judiciais como as últimas entrantes: a Gol Linhas Aéreas e a rede Espanhola de supermercados Dia (Distribuidora Internacional de Alimentos). Já no segmento de vestuário, percebe o fechamos de algumas lojas da rede Renner, C&A e Marisa. 
Isso demonstra que há várias iniciativas as quais deveriam ser tomadas, de forma a preservar essas áreas que movimentam o mercado. Tendo o país um número 
 
ROMBO
Com o rombo em 2023 de mais de 230 bilhões de reais nas contas públicas, ou seja, ocorreram gastos acima das receitas, e quem paga a conta no final, sabe-se que quem paga a conta é sempre o contribuinte, onde o País tem uma dívida externa que representa 83% do PIB, ou seja, acima da Argentina, a qual liderava o ranking. 
Se houver uma análise a longo prazo, e não ocorrendo qualquer iniciativa para mitigar o crescimento desse percentual, dificilmente isso será visto. O que o governo está fazendo? Aumentando a arrecadação de impostos para cobrir esse rombo, que segundo o atual governo, deve-se a gestão do imediatamente anterior, com pagamentos de precatórios. Endividamento é igual a fragilidade, e o Brasil não investiu em qualquer área que trouxesse retorno, tornando- se ainda mais instável. 
Esse déficit de 2023, foi o maior da história do Brasil, desde que o mesmo começou a ser mensurado a partir de 1997. O único momento em que chegou próximo disso, foi no período pandêmico, devido aos gastos com a área de saúde. 
Não se trata de esquerda, direita, centro-esqueda, etc .. tampouco de legendas partidárias, mas de gestão irresponsável, seja quem esteja conduzindo ou iniciou esse processo. O que se vê de tangível, é a falta de foco e iniciativa para minimizar o impacto do déficit no mercado de forma geral, e ainda, algum gatilho que interrompa o crescimento e comece, mesmo que a passos estreitos, diminuir a proporção dos gastos públicos, com áreas que não suprem a deficiência que o país tem no momento. 
Somando-se isso a todos os movimentos políticos que estão ocorrendo, como a eleição dos Estados Unidos, onde há quase que concreto o retorno de Trump; a Nova Frente Popular (NFP), coligação de partidos de esquerda, obtendo o maior número de cadeiras no parlamento Francês; questões entre Rússia e Ucrânia que perduram há mais de dois anos; dentre outros, o que se vê, é um mapa de mutações extremas, que acabam impactando em todo o globo, no que diz respeito a política econômica mundial. 
 
FRAGILIDADE
Dado a robustez das economias, com já citado, a brasileira é deveras frágil, em relação as demais citadas, já passa da hora de haver uma gestão mais concisa e que tenha como objetivo, a busca de uma direção que traga realmente benefícios a população brasileira, que já vem escaldada de altos e baixos há tantas décadas. Há quem compare a gestão do país e gestão financeira doméstica, onde a busca pela receita acima dos gastos seja o objetivo principal, e ainda se faça uma reserva do excedente. 
É justamente esse quadro o qual não se faz possível no orçamento público do País neste momento. O enrijecimento dos cofres públicos está longe de ser alcançado, enquanto a torneira da saída dos recursos, continua aberta e jorrando a 360 graus.

Outras colunas deste Autor