COLUNISTAS
Coalizão, avanço ou retrocesso? 26/04/2024
Faltando poucos dias para as convenções que indicarão candidatos para a eleição municipal, os partidos políticos estão intensificando conversações buscando a formação de alianças. Pelo que se ouve pelas rádios, redes sociais e comentários, é praticamente certo que haverá formação de coligações. Ou seja, coalizão.
Não sou fã de coalizão, embora seja prática comum e frequente no Brasil, onde existem dezenas de siglas partidárias. Como sabido, a tal coalizão é um arranjo político, uma aliança, para, em conjunto, vencer um pleito eleitoral, principalmente quando há paridade na corrida ao Paço Municipal, que parece ser o caso de Lagoa Vermelha. Enfim, coalizão é o Direito Político celebrado entre diversos partidos.
Lembrando que as disputas eleitorais em tempos passados centralizavam as discussões com fundamento em propostas que se mantinham fiéis a ideologias e a programas partidários. As alianças entre partidos existiam, mas aqueles com linha de pensamento antagônicas mantinham-se distantes. Com o decorrer dos anos esse comportamento dos políticos alterou-se profundamente.
Verdade é que em todos os níveis, inclusive a disputa pela Presidência da República, constatou-se essa realidade, ou seja, as diferenças e antagonismos ideológicos ficaram esquecidos para que fosse alcançado o principal objetivo: o poder. Em algumas situações, os partidos pouca influência tiveram nas decisões eleitorais, elegendo Presidente da República filiado a uma minúscula grei partidária.
Na política nacional é conhecida a máxima de que “a política é muito dinâmica”, ou de que “em política tudo é possível”, por isso na sucessão municipal que se avizinha, em todos os municípios brasileiros, a formação de alianças entre partidos sem identificação ideológica não será surpresa. Prevalece o interesse maior: o poder.
As mudanças são constantes na atividade político-partidária, fato que leva o eleitor atento a perguntar: esse comportamento da classe política representa um avanço ou um retrocesso?
***
GUERRAS SEM TRÉGUA - Travam-se neste pequeno planeta ceifando vidas e causando prejuízos incalculáveis para todos seus habitantes. Bombas e aparatos bélicos sofisticados são fabricados a granel, desafiando a paz coletiva. Certa vez li que o tempo educa a natureza, fazendo-a adaptar-se aos problemas de evolução, mas não consegue ensinar o homem. É isso, nossos erros são os mesmos dos babilônios e fenícios. Ainda não aprendemos a viver em paz e a respeitar os direitos dos fracos e oprimidos. Lições não faltam na história, filha dileta do tempo, mostrando-nos a ridícula inutilidade das guerras, que são, infalivelmente, preparações para novas guerras.
***
IMPRESSIONANTE - O desempenho do ex-prefeito Paulo Andrade, atual presidente do MDB, neste início de campanha eleitoral. Nome de pessoas, datas, fatos, e conversações, estão na ponta da língua. Semana passada, tentei bater um papo com ele ali esquina democrática do Banrisul, mas não deu. Todo mundo cumprimentava o homem, chegando de todos os lados. É como disse um pescador do Lageado dos Ivos em certo tempo: o homem é um “felômeno”. Enquanto isso, daqui vai o abraço da semana para Nei da Rosa e Jeferson da Skol. É gente que lê a Folha.