COLUNISTAS

LINHA DA DISCÓRDIA

União das Associações de Bairros de Lagoa Vermelha promoveu reunião com o superintendente regional da Corsan/Aegea, Aldomir Santi. Principal assunto tratado foi com relação à tarifa social da água para famílias carentes. 

O desconto é de 60%. Vários são os critérios para conceder o benefício. A linha da discórdia foi sobre os pontos de água numa residência. O limite estabelecido pela Corsan/Aegea é 5. Numa casa, são três somente no banheiro: chuveiro, vaso sanitário e pia. Foi pleiteado no mínimo 7 pontos. Haverá análise pela empresa.

 

É JUSTO?

Aldomir Santi transmitiu informação que causou certo desconforto.  É no caso do corte do fornecimento de água, devido à falta de pagamento. Se isso ocorrer por dois ou três meses, é cobrada uma taxa do consumidor referente a cada mês. Em torno de 30 reais. Alguns acharam intrigante. “Como assim, pagar uma taxa se a pessoa não está tendo fornecimento de água?”, foi questionado. 

-  O serviço está ali, disponível - justificou Santi. 

- Mas, se a pessoa deixou de pagar é porque não teve condições. Pagar uma taxa sem ter água é injusto - protesta Braulio Guedes, assessor jurídico da UAB. 

Aliás, Braulio Guedes informou que a entidade vai solicitar uma audiência com o Ministério Público para tratar dessa questão. 

 

MUDOU TUDO

Lembra do tempo em que surgia algum problema de abastecimento de água e era ligado imediatamente para o gerente da Corsan, José Aldoir da Costa, na busca de uma solução? Foi-se esse tempo.   

José Aldoir da Costa deixou de ser gestor da Corsan em Lagoa Vermelha na terça-feira. Agora, segundo Aldomir Santi, será um serviço regionalizado. Teremos uma microrregião que compreende 17 municípios. 

- Às vezes, teremos um ou dois funcionários em Ibiraiaras ou em outro município dessa microrregional. Às vezes, nenhum - mencionou. 

Surgindo algum eventual problema no fornecimento de água, tem que ligar para os canais de comunicação da Corsan/Aegea.

Pelo que me assopraram, um gerente regional estará lotado em Sananduva. 

 

A PROPÓSITO

Conversamos com um funcionário aposentado da Corsan sobre essa nova realidade, após a privatização da mesma. 

- O objetivo dessa nova empresa é “faturar”. E para isso, estão sendo adotadas medidas como essa da microrregional. E aí entra o corte de pessoal e outros ajustes. A resposta quando de um problema tem que ser imediata, como antigamente. Agora, já não se sabe mais.  Vejo problemas com relação ao futuro - alertou.

 

PREPARE O BOLSO

Tratamento de esgoto está a caminho. Projeto de Lagoa Vermelha está em fase de conclusão. Uma série de questões já está alinhavada. No ano que vem deve começar esse processo. Sabe quanto você vai pagar? 70% do que gasta com o consumo de água. Quanto mais gastar água, mais vai pagar pelo tratamento de esgoto. 

 

OS “DESCANSADOS”

- Conversamos com secretário municipal da Agricultura e Meio Ambiente de Lagoa Vermelha, Ivolmir Minozzo, sobre a questão dos contêiners para colocação de lixo. Como é que a população tem se comportado? Algumas pessoas continuam colocando o lixo ao lado dos contêiners? Continuam aqueles que se recusam a caminhar 10, 15 ou 20 metros para colocar o lixo nos contêiners, preferindo jogar em qualquer lugar? - questionamos 

-  A comunidade em si recebeu muito bem os contêiners. Faço uma avaliação positiva. Claro, têm aqueles “descansados” que não vão até os contêiners, aqueles que colocam o lixo em contêiner errado, têm aqueles que colocam ao lado dos contêiners. No entanto, tenho verificado uma evolução muito boa - respondeu. 

Município providencia licitação para compra de mais 400 contêiners para a cidade toda, informou Minozzo.

 

IRRISÓRIO

- Qual o custo fixo da Escola Agrícola Desidério Finamor? - perguntamos à diretora Andrea Dalcastelli da Luz

- Não tenho esse dado. O valor que recebemos mensalmente é muito irrisório. Não chega a 15 mil reais para manter toda a escola. E o valor de 17 mil reais para alimentação desses jovens que fazem seis refeições por dia.  Em 2002, foi criada a cooperativa dos alunos e existe uma contribuição espontânea das famílias para complementar a alimentação. Há as que podem e há as que não podem por dificuldades financeiras. É importante dizer que a maioria dos pais contribui com gratidão - respondeu. 

 

DEFICIÊNCIA DE FUNCIONÁRIOS

Outro ponto citado pela professora Andrea.

- O Estado é muito deficiente em termos de funcionários. Temos somente contratados. Com pouco mais do que o salário mínimo. Temos três merendeiras que fazem café da manhã, lanche e almoço para 200 alunos. E lavar louça. À noite, temos duas que fazem a janta. Temos a mulher que faz o pão. Com seis pessoas, temos que dar conta de tudo isso aí. 

 

TRANSPARÊNCIA

União das Associações de Bairros de Lagoa Vermelha promoveu jantar alusivo aos 35 anos de fundação da entidade. Essa semana, foi realizada prestação de contas. Item por item. O que foi adquirido, o que foi gasto, o que foi arrecadado. Lucro de pouco mais de 7 mil reais. 

Exemplo a ser seguido.

 

ALGUÉM CONTESTA?

Publicação de Emilio Teixeira nas redes sociais.

- Algumas alianças na política e falta de critérios coerentes deixam claro ou pelo menos transparecem que muito pouco ou nada vai mudar de rumo. Não é uma questão de vencer ou perder. Uma mescla de água, vinho, vinagre e até soda cáustica na mesma vasilha. Será que o objetivo é o bem comum mesmo? Ou uma luta para alisar egos superinflados. É bom e saudável o povo entender o que é DIREITA, ESQUERDA E CENTRO. E principalmente saber identificar quem está entrando numa disputa por espaço pessoal e não público. Depois não adianta reclamar da cidade. Esse povo vai ser o responsável pelo desenvolvimento ou pelo atraso da nossa cidade por 4 anos. E já sabemos muito bem o resultado das más escolhas. Não existe espaço para arrependimentos e todos vamos pagar literalmente pela nossa falta de observação. O bonzinho, o brabão, o tranquilo, o simpático, o bonito, o religioso, o rico ou o pobre são irrelevantes nessa função. Ela requer simplesmente coerência, honestidade e vontade irrestrita de realmente ver nossa cidade melhor. É fácil! Basta seguir exemplos bem próximos daqui, tanto para norte, sul, leste ou oeste onde a conversa fiada e briguinhas pessoais deram lugar à união de esforços e ao trabalho sério na política. Quando a procura de vagas de emprego (sem concurso público) é maior na Prefeitura ou na Câmara de Vereadores do que em empresas que vão gerar riqueza, progresso e desenvolvimento, alguma coisa tem de errado. Órgãos públicos não geram nada além de serviços e impostos pagos pelo cidadão que trabalha. Não são empresas. Pronto!