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“Direitos Humanos” não é clube ou confraria 16/08/2024

Artigo de Percival Puggina
Há quem lide com questões de direitos humanos como se fossem prerrogativas dos sócios de um clube ou de membros de uma confraria. Afirmam como “direitos humanos” meras reivindicações políticas de grupos organizados que só são viabilizadas contra legítimos direitos alheios.
Os assim chamados “direitos humanos” são direitos naturais, ou seja, inerentes à natureza do ser humano. Eles foram referidos de modo notável em 1776 pela Declaração de Independência dos Estados Unidos quando fala em “direitos inalienáveis” entre os quais estão “a vida, a liberdade e a busca da felicidade”. Há, contudo, uma infinidade de outros direitos que se ligam aos respectivos titulares mediante aquisição, herança, delegação, representação, mérito, etc.
Os identitarismos levam a buscar para grupos específicos, certos direitos seletivos, como se fossem “direitos humanos”, que geram benefício a alguns à custa dos demais. O aborto é o mais eloquente exemplo do que descrevo. Ele é um reclamado “direito” que só se realiza contra o direito à vida do nascituro. Há muitos outros, porém. Desencarceramento em massa, desarmamento geral da população ordeira, redução das penas privativas de liberdade, indiscriminada progressão de regime prisional, descriminalização das drogas, desmilitarização das polícias militares. São postulações feitas em nome de direitos “humanos” que afetam a segurança, a vida e os bens dos cidadãos. As pessoas simplesmente cansaram dessa conversa fiada! Percebem no seu cotidiano aonde isso levou o país.
Quando militantes do MST invadem uma propriedade rural, os ditos defensores dos direitos humanos repudiam toda reação policial ou judicial como “criminalização dos movimentos sociais”. Algo tão ilógico, tão falso, só pode ser afirmado e publicado nos jornais porque desonestidade intelectual é um desvio moral, mas não é crime. 
Pelo viés oposto, basta que a atividade policial legítima, desejada pela sociedade com vistas à própria segurança, seja compelida a usar rigor com o intuito de conter uma ação criminosa, para que os mesmos falsos humanistas reapareçam “criminalizando” a conduta policial. Anos de observação desses fenômenos evidenciaram a preferência de tais grupos pelos bandidos. Enquanto estes últimos prosperam e mantém a população em permanente sobressalto, aqueles, os supostos defensores de direitos humanos, inibem a ação que protege a sociedade. 
Não bastassem os fatos concretos, objetivos, testemunhados milhares de vezes por milhões de cidadãos comuns, as correntes políticas que se arvoram como protetoras dos mais altos valores da humanidade mantêm relações quase carnais com ditadores e regimes que fazem o diabo em Cuba, Venezuela, Nicarágua, Coreia do Norte e Irã. As pessoas veem e sabem que o nome disso é hipocrisia.

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