COLUNISTAS

O bem público é propriedade de todos 23/08/2024

O homem é filho de Deus. Não é parente do macaco nem o resultado da evolução da ameba. Cresce em tamanho e demora um pouco para atingir a maturidade e ficar pronto para a construção. Muitos não chegam a tanto, apenas vivem. Outros chegam predispostos a destruição, conhecidos como vândalos.
A ocorrência de depredação do patrimônio público, onde uma simples muda de árvore plantada em praça pública, iluminação, bancos, placas, prédios e até escolas, são constantemente alvejados. Certamente não é um problema só de Lagoa Vermelha, mas aqui eles aparecem com constância.
O bem público não é propriedade de um ou de alguns, ele está disponível para ser usufruído por toda a sociedade. É construído com recursos financeiros arrecadados de toda a comunidade. Logo, sua preservação deve receber mais atenção do que a propriedade privada, o que nem sempre acontece.
Ainda não existem mecanismos que possam ser acionados para evitar a ação desses malfeitores. Policiamento ou outro serviço de fiscalização será ineficiente pela simples razão de que é impossível serem colocadas pessoas em toda parte e em todos os momentos, para que vândalos possam ser flagrados e responsabilizados.
É comum atribuir-se a prática de tais atos aos moradores de bairros ou aos marginais e desocupados. Entretanto quem, vez por outra testemunha esses atos, alerta que os autores de depredação e vandalismo pertencem a todos os segmentos sociais, incluídos nessa ação os considerados culturalmente evoluídos.
É inegável que há, de igual forma, certa omissão de pessoas da comunidade que, por questões de comodismo ou por não desejarem se envolver, para evitar aborrecimentos, ignora a ocorrência de tais fatos, não informando ou denunciando os seus autores para que sejam identificados e punidos na forma da lei.
Essa omissão é mais um de tantos problemas da sociedade que somente por ela poderá ser resolvido, através de conscientização e educação de seus membros. Polícia ou Poder de Polícia, como um todo, não poderá agir sozinho nessa árdua missão de combater a ação criminosa dos depredadores do patrimônio público. A sociedade tem que se engajar, pois é ela a grande prejudicada.
 
***
TRÂNSITO E CAVALOS - O trânsito de veículos em nossa cidade preocupa. Muitos motoristas abusam da velocidade e não respeitam a sinalização, que é suporte de segurança para todos. Alguns param sem um mínimo de sinal, principalmente nas avenidas, que são as mais movimentadas. Faixa para pedestres é absolutamente desrespeitada. Isso não é bom e tem causado inúmeros acidentes. Nessa história, me alinho ao pensamento de muitos que entendem que a educação para o trânsito seja promovida na escola, como prevê o artigo 72 do Código de Trânsito Brasileiro. Sem esquecer que a conduta social e o exemplo da família continuam sendo determinantes. Quanto aos cavalos soltos pela cidade, tão reclamado, acontece porque existem dezenas de terrenos sem cerca, muro, tapume e passeio. Duvida? Observe e tire suas conclusões.
 
***
PINHEIROS CORTADOS - Todo dia ouço essa notícia de destruição de árvores e pinheiros. Hoje foram 20 araucárias derrubadas em área de preservação, por um cidadão (dá para chamar de cidadão um cabra desses?) que, certamente, ignora as leis e a convivência social. Como não existe mais banhados para secar, a moda é devastar o que ainda resta de nossas florestas. Um absurdo. Bueno, o abraço de hoje vai para os amigos Adolfo, do Sindilojas, e Rui Colla. É gente que lê a Folha. 

Outras colunas deste Autor