COLUNISTAS
SÃlvio Santos e a miopia da esquerda 23/08/2024
Faleceu Sílvio Santos, o ícone da televisão brasileira e o seu principal apresentador. Teve uma vida longa e bem sucedida. Entusiasmou milhões de brasileiros durante as várias décadas em que animou auditórios e telespectadores especialmente aos domingos. Há um aspecto na história do Sílvio que sempre me chamou atenção, e ele diz muito sobre esse sistema econômico que é o capitalismo, tão criticado pelos marxistas: o bilionário apresentador veio de baixo, começou com nada ou muito pouco, e progrediu na vida.
Sílvio Santos enriqueceu trabalhando e podendo exercer o seu talento como homem de rádio e televisão, tornando-se um dos maiores empreendedores brasileiros. De camelô, um profissional da economia informal, transformou-se em um dos maiores empregadores formais do país. Ele enriqueceu, e isso parece ser um consenso, a partir de muito trabalho, de maneira honesta e sem passar a perna em ninguém. Aproveitou as oportunidades, venceu todos os obstáculos que se apresentaram e triunfou. Sílvio Santos é um caso de sucesso dentro do capitalismo que, por esforço próprio, conseguiu atingir seus objetivos.
Não é por acaso que as únicas vozes críticas a ele, após sua morte, se levantaram da esquerda, que odeia o mérito, que acha que todos aqueles que se tornaram ricos, milionários ou bilionários no país chegaram lá roubando, enganando, mentindo e, pior, concentrando ainda mais riqueza como se ela fosse retirada de outras pessoas. Os esquerdistas não conseguem, assim, enxergar o que de bom há nas pessoas que decidem empreender e o desejo genuíno de progredir e com isso ajudar outras tantas pessoas. O capitalismo, ao contrário do que considera a esquerda, vem acompanhado de muita compaixão, e o exemplo mais claro é o de Sílvio Santos, que sempre pensava nas dezenas de milhares de famílias que ele emprega em seu conglomerado empresarial.
Não há como apagar a extraordinária história de vida de Sílvio Santos, o brasileiro que veio de baixo e que venceu. Assim como ele, há milhões de famílias brasileiras que ascenderam socialmente em uma fortíssima mobilidade social nas últimas décadas. Que a memória de Sílvio sirva para mostrar que mesmo diante de múltiplas dificuldades, é possível partir do nada e conquistar um mundo.