COLUNISTAS

Foco na política 23/08/2024

PARTICIPAÇÃO FEMININA - iniciou, com muita empolgação, a campanha eleitoral em Lagoa Vermelha. Nosso município, segundo o TSE, conta com 4 candidatos à majoritária e, 66 candidatos homens e 22 candidatas mulheres, disputando uma das 11 vagas na câmara de vereadores. De todos os partidos políticos, este ano, o que mais conta com a participação feminina é o PP. Na 28ª zona eleitoral, que fazem parte os municípios de Muliterno, Caseiros, Capão Bonito do Sul, Lagoa Vermelha e Ibiraiaras, concorrem duas candidatas à prefeitura - em Caseiros e em Capão Bonito do Sul. Ainda assim, é possível observar que a presença feminina continua sendo bastante baixa em relação ao público masculino tendo, inclusive, diminuído se comparado com a eleição de 2020. 
ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2020 - Na última eleição municipal estavam aptos a votar 19.849 pessoas. Compareceram 15.877 eleitores, sendo, portanto que 3.972 pessoas deixaram de depositar seu voto. Desses 15.877 votos, tivemos 14.967 válidos, 502 votos brancos e 408 nulos. Concorreram Gustavo Bonotto do PP e Rômulo Moreira da Silva do PDT, sendo o primeiro eleito. Os vereadores eleitos por ordem de números de votos foram: Gabriel Vieira (932), Josmar Veloso (781), Marcio Marques (567), Valdir Pomatti (528), Joarez Lorenzon (481), Ranyeri Bozza (475), Valdemar Merib (470), Luiz Carlos Kramer (442), Ilson Rodrigues de Jesus (431), Marina Bussolotto (422) e Ariovaldo Carlos da Silva (376). Tivemos a participação, neste pleito de 2020, de 85 candidatos a vereador, sendo 29 mulheres e 56 homens. 
LEI 9.504/97 - esta é norma que disciplina as eleições no Brasil.  O Art. 10, §3º define que cada partido ou coligação deverá preencher o mínimo de 30% e o máximo 70% das vagas para candidaturas de cada sexo. Em outras palavras, todos os partidos devem ter ao menos 30% de mulheres entre seus candidatos. Além disso, a Emenda Constitucional nº 117, promulgada em 2018, obriga os partidos a destinarem 30% dos recursos públicos para campanha eleitoral às candidaturas femininas. O tempo de propaganda gratuita, no rádio ou televisão, também deve respeitar essa porcentagem mínima para participação das mulheres. 
FALTA DE PERFIL É A MAIOR JUSTIFICATIVA - O Brasil ocupa a 130ª posição do ranking de representatividade feminina na política, entre 186 países. Uma série de fatores influencia essa realidade. A pesquisa Perfil da Mulher na Política, elaborada pelo projeto “Me Farei Ouvir” e pela ONG “Elas No Poder” (https://www.metropoles.com) buscou saber o porquê as mulheres não se candidatam. Em questionário baseado em uma plataforma online, respondido por 4.111 participantes em todas as regiões do Brasil, a justificativa mais comum entre as mulheres que afirmaram não querer se candidatar foi a “falta de perfil” (40,6%), seguido de “não está no foco” (20,10%) e “desinteresse” (13,7%). Há, ainda, uma minoria que afirmou ter “incompatibilidade com partidos” (2,5%) e “falta de apoio” (1,7%).

Outras colunas deste Autor