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Evolução do sistema partidário brasileiro - 27/09/2024

Exatamente nesta época em que em todas as regiões do nosso Brasil o clima é de eleição para vários cargos políticos, entre estes para escolha de prefeitos e vereadores, ação que causa uma grande mobilização de povo que escuta e de candidatos na luta pela conquista do voto e a possível eleição. Relendo artigos escritos no nosso periódico “Folha do Nordeste” encontrei algo da autoria de Mariluci Melo Ferreira, a qual é uma escritora consagrada, e autora de vários artigos, destacando “Tramas do Poder: a politica no RS no século XIX”, e a “Trajetória política de Prestes Guimarães”. Escolhi copiar e transcrever da autora acima nominada a “Evolução do Sistema Partidário Brasileiro” “...atualmente existem dezenas de partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma diversidade tão grande de siglas, que fica difícil o eleitor conhecer todas as denominações e muito menos suas respectivas propostas. É interessante olhar para o passado do nosso Brasil, e conhecer um pouco da história do nosso sistema partidário. Antes de 1837 não existiam partidos políticos no Brasil. Durante o período Republicano (1831 a 1840) por conta das revoltas regionais que aconteciam em diversas províncias, foi permitido a criação do Partido Conservador e o Partido Liberal, dois partidos monárquicos. O sistema partidário passou por algumas modificações no ano de 1870, quando foi fundado o Partido Republicano. Até a Proclamação da República em 1889 o sistema partidário brasileiro permaneceu tripartite, tendo de um lado os dois partidos monárquicos e, de outro o Partido Republicano. 
Na chamada República Velha (1889 até 1930) formaram-se partidos estaduais, já que as tentativas de organização de partidos nacionais, como o Partido Republicano Federal e o Partido Republicano Conservador, foram frustradas. 
Assim no âmbito nacional havia o Partido Republicano Mineiro (PRM), e Partido Republicano Paulista (PRP), e o Partido Republicano Riograndense (PRR).
No caso especifico do Rio Grande do Sul, na época em contraposição ao PRR, havia o Partido Federalista que em 1928 tornou-se o Partido Libertador.
Com o governo Vargas em 1930 os partidos políticos passaram a ter um forte ingrediente ideológico. De um lado a Aliança Nacional Libertadora (ANL), e de outro o Integralismo, e ainda o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Pela primeira vez a legislação eleitoral permitiu a apresentação de candidatos por partidos, ou por alianças de partidos. Em 1937 com o advento do Estado Novo foram extintos o PCB, a AIB e a ANL, permanecendo apenas os partidos alinhados com o governo Vargas. Em 1945 com o fim do Estado Novo e a democratização, os candidatos puderam novamente ser apresentados pelos partidos políticos. Naquela época foram registradas 13 legendas partidárias, uma explosão do multi partidarismo. Em 1964 com os governos militares iniciou a fase do bipartidarismo sendo que havia a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), copiados do modelo partidário do vizinho Uruguai. 
No início da década de 1980 retornou o pluripartidarismo, e atualmente contamos com um número grande de partidos políticos”. 

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