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A sustentabilidade e o Brasil - 04/10/2024
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) representam uma agenda ambiciosa e essencial para o futuro do Brasil e do mundo, além de serem uma iniciativa global da ONU. No país, esses objetivos são implementados em diversas áreas, mas nem todos com o retorno esperado, devido a vários obstáculos ocorridos durante a sua implementação.
Os principais objetivos de desenvolvimento sustentável no Brasil abrangem, conforme órgãos do governo:
a) Erradicação da pobreza: O Brasil trabalha para eliminar a pobreza em todas as suas formas, garantindo que todos tenham acesso a recursos básicos e oportunidades econômicas.
b) Fome zero e agricultura sustentável: Promover a segurança alimentar e a agricultura sustentável é crucial para garantir que todos tenham acesso a alimentos nutritivos e suficientes.
c) Saúde e bem-estar: Melhorar a saúde e o bem-estar de todos, com foco em reduzir a mortalidade infantil e materna e combater doenças transmissíveis.
d) Educação de qualidade: Assegurar que todos tenham acesso a uma educação inclusiva e de qualidade, promovendo oportunidades de aprendizagem ao longo da vida.
e) Igualdade de gênero: Promover a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas, eliminando a discriminação e a violência de gênero.
f) Água limpa e saneamento: Garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos.
g) Energia acessível e limpa: Aumentar o acesso a fontes de energia acessíveis, confiáveis, sustentáveis e modernas.
h) Trabalho decente e crescimento econômico: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos.
i) Indústria, inovação e infraestrutura: Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
j) Redução das desigualdades: Reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles.
k) Cidades e comunidades sustentáveis: Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
l) Consumo e produção responsáveis: Garantir padrões de consumo e produção sustentáveis.
m) Ação contra a mudança global do clima: Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos.
n) Vida na água: Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos.
o) Vida terrestre: Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres.
p) Paz, justiça e instituições eficazes: Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável.
q) Parcerias e meios de implementação: Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
Todos esses objetivos são interrelacionados e objetivam transformar o Brasil em um país mais justo e sustentável até 2030, um tempo relativamente pequeno, frente a atual situação pela qual passa o país e o mundo, e ainda, o desequilíbrio financeiro do orçamento público, promovido por diversos fatores
Embora os programas como o Bolsa Família, o Sistema Único de Saúde (SUS) e outras iniciativas voltadas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil tenham alcançado resultados positivos, há críticas significativas sobre a sua implementação e eficácia.
Primeiramente, a falta de continuidade e consistência nas políticas públicas é um problema recorrente. Mudanças frequentes de governo e de prioridades políticas podem levar à descontinuidade de programas essenciais, prejudicando a sua eficácia a longo prazo.
Além disso, a burocracia e a corrupção são obstáculos significativos. A complexidade dos processos administrativos e a falta de transparência podem atrasar a execução dos programas e desviar recursos que deveriam ser destinados às populações mais vulneráveis. Casos de corrupção minam a confiança pública e reduzem a eficácia das iniciativas.
Outro ponto crítico é a desigualdade regional. Muitas vezes, os programas não são adaptados às necessidades específicas de diferentes regiões do Brasil, resultando em uma distribuição desigual dos benefícios. Regiões mais pobres e remotas, como o Norte e o Nordeste, frequentemente recebem menos atenção e recursos, exacerbando as desigualdades existentes. O interior do Estado de Minas Gerais por exemplo, é muito pouco assistido por esses benefícios, levando algumas famílias a estado de extrema pobreza em todos os sentidos.
A falta de investimento em infraestrutura também é um problema. Programas de saneamento básico, por exemplo, são essenciais para a saúde pública, mas muitas áreas ainda carecem de acesso adequado a água potável e tratamento de esgoto. Sem investimentos robustos e contínuos, esses problemas persistem e afetam a qualidade de vida de milhões de brasileiros.
Por fim, não menos importante, mas talvez um marco divisor, a educação e a capacitação são áreas que necessitam de maior atenção. Embora haja esforços para melhorar a educação, a qualidade do ensino ainda varia significativamente entre as regiões e escolas. Investir em formação de professores, infraestrutura escolar e programas de inclusão digital é crucial para garantir que todos os brasileiros tenham acesso a uma educação de qualidade.
Embora o caminho seja desafiador, o Brasil mesmo tendo capacidade de implementar mudanças positivas, se mantém priorizando outros objetivos que beneficiam a setores/política específicos de economia. A colaboração entre governo, setor privado e sociedade civil é vital para alcançar os ODS, mas com participação proporcional de igual forma, sem que o governo se abstenha de responsabilidades e as coloque para as outras partes.
Em conclusão, os ODS oferecem uma visão clara e abrangente para um futuro mais sustentável e justo. O Brasil, com seus recursos naturais (embora se deteriorando a cada período) e humanos, tem potencial para liderar a continuidade dos esforços e a inovação constante, que serão chave para transformar esses objetivos em realidade até 2030.
Fica a esperança de que as gerações que surgem, deem em vida a todos esses projetos e os façam acontecer, assim como, houve um aumento em torno de 70% nos jovens votantes para o pleito em curso, em relação a última eleição. Que esse crescimento seja também, envidar esforços para trazer o país e seus governantes uma situação justa e perfeita.