COLUNISTAS
O tempo passa, e tudo muda! - 04/10/2024
Nós que já assistimos e convivemos com várias fases da história da nossa pátria. Nós, todos aqueles que pelo tempo vivido, já branqueamos ou perdemos os cabelos.
Já vivemos momentos de crises econômicas, que foram muitas, políticas erradas e enganosas, quebras de safras agrícolas, secas, enchentes e tantas outras.
Vivemos é verdade, períodos de euforia, de alegria, acalentamos belos sonhos, sonhos de estabilidade econômica, de igualdade social, de distribuição justa de renda, e principalmente de valorização da vida.
Infelizmente o que estamos vivendo e sentindo, é uma quebra, um esquecimento dos valores que antigamente eram ensinados pelos nosso pais, e que aprendemos a respeitá-los desde a mais tenra idade. Dentre as mais comuns e conhecidas, mas de grande profundidade nas suas simplicidades, temos: “Não provoca, mas não leva desaforo para casa. Em mulher não se bate, nem mesmo com uma flor. Respeita os mais velhos e protege os mais novos. Os professores são os segundos pais, respeita-os. A polícia é a responsável pela manutenção da ordem e o cumprimento das leis. Cuida da natureza, pois é nela que nós vivemos. A honestidade deve ser o teu guia. Palavra dada, palavra honrada. Fio de bigode vale como um documento”.
Tantos e tantos conceitos, valores, que eram mantras respeitados e usados para moldar, para fundir personalidades, infelizmente estão caindo em desuso, sendo esquecidos e passando a ser coisa do passado.
As mulheres, não todas, mas um bom número luta para perder a candura, para perder a ternura, e para perder o aspecto de submissão, o que na verdade é falso, mas a grande força para tudo conseguir, e dominar corações por mais empedernidos que sejam.
Os homens, logicamente que não todos, mas um número significativo luta para liquidar com os efeitos dos hormônios androgênicos, travestem-se e fazem campanhas para o reconhecimento de um terceiro sexo.
Os professores trabalham com dificuldades, são mal remunerados e na maioria das vezes trabalham com escassos recursos para o desempenho das suas funções e pressionados por leis esdrúxulas, e as mudanças lentas mas progressivas dos costumes, tiram-lhes a força e as condições para exigirem o respeito pelos seus discípulos. Não todos, mas um número considerável até afirma, que não são mais professores, mas sim trabalhadores em educação.
A honestidade também sofre alterações logicamente que não para todos, mas para um número considerável, a honestidade somente fica manchada e causa vergonha, quando ocorrem pequenos furtos, ou outros deslizes de menores proporções.
Ao contrário, quando o roubo, o desvio, a falcatrua, o crime do colarinho branco forem de grandes proporções, não haverão maiores problemas, e até poderão serem considerados ou interpretados não como um pecado mortal, mas até digno de ser esquecidos e perdoados, um pecado venial.
Outros tantos, mas parcelas que devem ser consideradas como grandes, entre estas a roubalheira de grande monta deveria ser olhada e julgada com severidade e dentro dos ditames das leis, e não pela conhecida “Lei de Gerson”, a qual afirma, que o importante é levar vantagens em tudo, e o autor será considerado, avaliado como inteligente e portador de um “QI” privilegiado, alguém que enxerga longe e até um típico homem de negócios.
Os policiais que sempre transmitiram segurança, e nos levavam a olhá-los com veneração pelo trabalho desenvolvido e eram nossos heróis nos tempos que éramos crianças. Hoje não para todos, mas para um número considerável, principalmente nos grandes centros este conceito mudou, policiais mal armados constantemente perdem a vida nesta luta contra o mal. Chegando ao cúmulo de policiais militares, quando sozinhos, procuram não circularem fardados, e os policiais civis escondem seus documentos de identidade profissional, com a intenção de não serem reconhecidos como tal, pois poderão ser atacados por facções criminosas e até mortos.
Nós, povo, estamos assustados, se não for colocado um freio, poderemos perder o rumo. Os responsáveis pela criação das leis, e aqueles que as interpretam, não todos, mas um número considerável, estão esquecidos que são os responsáveis pela ordem e a justiça.