COLUNISTAS
Aonde está o Brasil que sonhamos? - 11/10/2024
O momento que todos nós brasileiros estamos vivendo, é realmente de apreensão, de medo, e a esperança que foi um dogma da nossa gente, aproxima-se rapidamente do fim, e são poucos os que ainda teimam em conservá-la.
Alguns afirmam sem medo de errar, que aquele Brasil sonhado na verdade somente existe no artigo 5º da nossa Constituição, aonde está escrito: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade e a à propriedade”.
Realmente este artigo 5º, se respeitado e acatado fosse, todos nós brasileiros viveríamos na terra dos sonhos.
Infelizmente a realidade é outra, e o momento pode ser descrito como a terra do “quem pode mais, chora menos”, da terra que aderiu ao costume no qual o importante é levar vantagem em tudo, da terra em que alguns podem tudo e aos outros somente as sobras, da terra aonde o corporativismo faz história.
Acreditamos que esta situação criada foi e é motivada e consequência da má gestão da coisa pública que normalmente tem tido por foco interesses pessoais ou de determinados grupos, sendo que uma maioria esquece que o desempenho na função pública deve ter por norma a luta pelo bem geral da população.
Ficando fácil assim o diagnóstico do mal e o remédio para a cura, a transformação, a mudança na forma de exercer a política, seguindo os ditames do conhecido adágio popular: “Servir através da política, e jamais servir-se da política para realizar feitos escusos”.
Vamos deixar muito claro que existem em um número significativo políticos honestos, éticos, mas a sensação que sobra para nós povo, é que um número significativo dos antes citados, que fazem da política um festival de corrupção, uma forma de amealhar fortunas e criar privilégios absurdos para si e para aqueles que os acompanham.
Leis existem em profusão neste nosso Brasil, algumas boas outras nem tanto, mas o grande problema chama-se interpretação, o que normalmente favorece alguns, por exemplo o mais forte o que normalmente tem acontecido com os detentores do poder, e penaliza a maioria, que por serem mais fracos pagam a conta.
Algo claro e cristalino sobre o que acima foi mostrado, acontece no serviço público nacional o qual deveria servir como exemplo, e praticar os ditames da Constituição, especialmente no que consta em seu artigo 5º (quinto).
Atualmente é usado e abusado sobre o item “independência dos poderes” no serviço público, com o que todos nós concordamos, mas independência, pensamos nós, deve partir do pressuposto que cada membro do poder cumpra suas funções com liberdade, mas também com ética.
No entanto o termo independência dos poderes tem sido usado e abusado para criar e manter privilégios absurdos para determinados grupos em detrimento dos demais.