COLUNISTAS

Fenômenos que eu não consigo entender, e na maioria das vezes difícil de engolir e digerir. Somente como brasileiro, e como a maioria esmagadora dos irmãos de pátria e aqui vai um elogio, “somos um povo trabalhador, pacato, e a sensação que deixamos transparecer, é que nós gostamos de sermos enganados”.

Este clima de enganação, não pensem que me refiro somente aos dias atuais, mas volta ao passado, vamos rever a história, e ficará escancarado que isto sempre existiu, que perpetua-se através dos tempos, e nós povo como cordeiros não reagimos, e na grande maioria das vezes batemos palmas, e permitimos o crescimento destes erros, destas enganações.

Perdoem-me as raras exceções que existem e algumas que existiram, mas na política tem consagrado-se uma luta surda, mas suja pelo poder, sem dar importância para os meios e as formas. Escancarando as portas para aberrações, escândalos e para esta praga ou chaga que chamamos de corrupção.

Erramos para depois tentar corrigir, o começo foram os escolhidos por Portugal para povoar este nosso Brasil, vieram desempregados sem especialização alguma, ou condenados por crimes cometidos. Depois aportaram por aqui imigrantes de outros países, mas todos com a finalidade de explorar nossas riquezas naturais.

Foi também pensado plantar, colher, garimpar ouro e pedras preciosas, mas para isto acontecer faltavam trabalhadores. Foi então que surgiu a ideia de importar através dos “Navios Negreiros” os pobres africanos, que eram arrancados da sua terra natal e submetidos ao trabalho escravo, tratados de maneiras desumanas, nódoa que mancha a nossa história, e até os dias atuais sentimos vergonha, mas não encontramos a solução.

Baseado no exposto permanecem dúvidas, dentre estas: Por que a biografia de suspeitos de desvios éticos não é decisiva em eleições? Será que nós brasileiros um dia vamos aprender que a transparência é um dos pilares mais sólidos de uma democracia? Seriam os aspectos culturais os responsáveis por deixar a ética em segundo plano no período eleitoral?

Quando vemos reações diferentes em outros países no tratamento dispensado aos desvios de conduta, a falta de ética, onde as leis são observadas e seguidas com rigor, aqui neste nosso Brasil consagramos o já famoso “jeitinho brasileiro de levar vantagem em tudo”