COLUNISTAS

Após ter sido eleito vereador, vice-prefeito e prefeito duas vezes, pelo PDT, o engenheiro agrônomo Getulio Cerioli tentou interromper a terceira vitória consecutiva do PP e seus aliados na eleição de 6 de outubro. Não conseguiu. O PP, juntamente com o PL, Podemos e União Brasil, fez Eloir Morona sucessor de Gustavo Bonotto que está concluindo o segundo mandato. O grupo de apoio ao ex-secretário da Saúde ganhou a eleição para prefeito e vice-prefeito com certa folga de votos e fez diminuir a representatividade política do partido adversário que elegeu apenas dois vereadores. 

Getulio Cerioli, em entrevista à Folha News, canal digital da Folha do Nordeste, analisou o resultado eleitoral que lhe impôs a primeira derrota em sua trajetória política. Segundo ele, uma das principais causas de seu insucesso eleitoral foi a não compreensão e falta de acolhimento, pela maioria dos eleitores, da mensagem levada a população preconizando maior participação e envolvimento da sociedade, em seus vários segmentos, na resolução das dificuldades do município. Getulio coloca como “muito importante” a colaboração da sociedade para ajudar no desenvolvimento do município.  A implementação de algumas mudanças que se fazem necessárias no município passam pela união de todos, acentuou o ex-prefeito.

Alinhou ainda como adversidade enfrentada neste pleito a “radicalização política” que, de certa forma, favoreceu os partidos ideologicamente identificados com a “direita”. Citou, também, a pouca votação obtida pelo candidato Mezzomo, do Republicanos, da direita, que poderia reduzir o espaço ocupado pelo candidato da direita que foi eleito.

O candidato do PDT apontou, ainda, em seu desfavor, a forte mobilização da administração municipal em prol do candidato eleito Eloir Morona. Getulio, entre outras situações, comentou que foram concedidas férias aos CCs durante o período eleitoral, houve aumento significativo de serviços prestados pelo município durante a campanha e o próprio prefeito tirou férias de 30 ou 40 dias para trabalhar pela eleição de seu candidato. 

Indagado sobre o seu futuro político, Getulio Cerioli descartou, de imediato, a possibilidade de se movimentar para voltar a ser candidato a prefeito em 2028. Esclareceu que, neste ano, já não pretendia concorrer, mas foi convencido a se candidatar pela cúpula regional, em especial, pelo seu amigo Romildo Bolzan.

Embora afaste qualquer projeto para concorrer novamente, Getulio deverá participar de trabalho visando fortalecer o PDT. Segundo ele o partido precisa se renovar, trazer gente nova para se preparar visando futuros embates eleitorais.

Sobre eventual trabalho conjunto do PDT com o PT, em oposição ao futuro governo, Getulio prefere que essa definição ocorra entre os três vereadores.

Perguntado sobre o que espera futuro governo municipal disse Getulio Cerioli: “vou torcer para que dê tudo certo, mas espera algumas correções”.

Acompanhe no Youtube “@folhanewslv” a entrevista completa.