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Debate sobre manifestações 08/11/2024

Em uma roda de amigos, corria solto um “papo”. Os assuntos eram os mais variados, até que em certo momento o foco passou a ser a insatisfação do povo, traduzida em forma de passeatas, acampamentoem frente de órgãos públicos e até invasões.
Após um longo tempo de conversa e várias opiniões, algumas convergentes e outras não, ficaram no arvárias dúvidas e muitíssimas perguntas. Dentre elas:
- Conseguirão estes manifestantes atingir seus objetivos?
- Será que os políticos terão sensibilidade para ouvir o grito das ruas, ou tudo ficará como está, acreditando- se que o povo tem memória curta?
Pois bem, as dúvidas estão aí e na verdade somente o tempo nos dará as respostas. 
Vamos então ao resumo da conversa, das opiniões que são muitas, mas todas elas merecem serem discutidas, pois acreditamos que daí poderão surgir soluções.
Concordância foi geral quando afirmado que ogrande problema do Brasil chama-se “Educação”. Sendo que a mesma é deficiente pela falta de interesse dos gestores e também pelos salários aviltantes pagos aos professores.
Falando em salários a história ficou comprida, e a tônica voltou-se para aqueles percebidos pelos funcionários públicos, aonde alguns recebem subsídios polpudos fora da realidade e recheados de múltiplos benefícios, enquanto uma grande maioria são considerados os primos pobres e vivendo com salários infinitamente menores, mostrando desta forma a desorganização e a injustiça.
Dando ênfase ainda aos salários ou, como queiram, subsídios, a coisa “encardiu” as vozes ficaram mais altas e os ânimos alterados. Foi então que um dos presentes, sabiamente, disse: - vamos debater e não brigar e calmamente argumentou, observando atentamente as manifestações vemos que o povo reclama pedindo educação, saúde e segurança. Sobre educação anteriormente já foi abordado. Saúde, com muita propriedade existe uma grande insatisfação, pois a espera por atendimento é uma constante. Dentre as ideias para a solução, uma drástica sugerida por um grupo mais afoito, tudo ficaria prontamente resolvido, bastaria obrigar os políticos de todas as instâncias, quando necessário receberiam o atendimento à saúde pelo SUS, sem alternativas de procurar clínicas particulares. Partindo daí outro participante “estufou o peito e lascou”, grande ideia para a solução dos problemas da educação, bastaria obrigar também os filhos daqueles que fazem as leis, estudarem em escolas públicas e sem poderem também prepararem-se em cursinhos pagos para a prestação do vestibular. A conversa esquentou tanto quando foi sugerido que os médicos importados de Cuba atendessem somente os componentes do governo e sobrariam os formados no Brasil com carreira pública bem remunerada para o atendimento do povo em geral.
Nestas alturas foi pedido que o assunto tomasse outro rumo, pois se as ideias acima exaradas fossem implementadas, ficariam poucos políticos para nos representar. 
Como o tempo passou muito rápido e já eram altas horas da noite, tratamos de encerrar, falando sobre segurança.
Achamos que ia ser fácil, mas o “berro” foi grande, e todos concordaram que o medo está tomando conta da população. Nós, os homens de bem, fomos desarmados pela lei do desarmamento, os policiais responsáveis pela nossa segurança também são mal remunerados, lutam com deficiência de meios para o combate ao crime, enquanto os criminosos possuem armas e meios ultramodernos e ainda são beneficiados por leis sem capacidade para combater os desvios de conduta, pairando no ar insegurança e um sentimento de medo.

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