COLUNISTAS

Muita gente, de petistas a desavisados que votaram em Lula por desilusão com todas as confusões promovidas durante o governo Bolsonaro, esperavam um governo Lula 3.0. Esperavam alguma coisa próxima aos dois primeiros mandatos do petista - como se eles tivessem sido positivos para o país. Mas o que se tem hoje é um Lula 6.20. Um Lula que elevou, com sua irresponsabilidade e populismo fiscal, o dólar ao inédito R$ 6,20 em relação a cada real. É muita coisa.

Foi na quarta-feira que todos puderam verificar que o rei está nu, e que não é mais possível esconder a gastança desenfreada do governo e seu descompromisso com um ajuste nas contas públicas. O dito pacote de corte de gastos enviado semanas atrás é, na verdade, um engodo, algo pra inglês ver e que os agentes econômicos e os analistas não atribuem qualquer seriedade. Infelizmente o governo não deseja arrumar as contas, cortar gastos e assim equilibrar o orçamento produzindo inclusive superávits. Para Lula e o PT não há problema algum em fechar as contas no vermelho - se eles puderem, com isso, se manter no poder.

O buraco está logo ali na frente: crescimento desenfreado na dívida, alta substancial nos juros para conter a alta da inflação, pessimismo econômico e um encarecimento do custo de vida dos brasileiros. Esse já é e deverá ser o tal governo Lula 6.20. 

As exigências ideológicas e as necessidades eleitorais do PT, para vencer a todo custo a eleição de 2026, estão empurrando o país para um tempo tenebroso. O longo inverno, que é este terceiro mandato de Lula, vai se tornando insustentável e não se sabe com clareza se o país aguenta mais dois anos de tanto malabarismo e descaso com as finanças públicas.

É final de ano e eu sei que os leitores esperam boas e otimistas notícias. Mas este não é o caso do Brasil. Aqui o maior desejo de nossos governantes em Brasília é manter-se no poder, e se para isso for preciso quebrar o país, assim o farão.