COLUNISTAS

Consequências das decisões do atual presidente norte-americano no cenário global 04/04/2025

As decisões políticas de Donald Trump, tanto em seu mandato anterior, quanto o atual, continuam gerando fortes impactos nos Estados Unidos e no mundo. 
A decisão de Trump de conceder perdão a mais de 1.500 pessoas envolvidas na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 gerou críticas intensas, não somente internas, mas também em países de todo o globo. Essa medida   enfraqueceu a confiança no sistema judiciário, e também pode ser interpretada como um incentivo a movimentos extremistas, refletindo o próprio perfil comportamental do atual presidente da maior economia mundial. 
Essa intensidade de inciativas que contrariam o racional e lógico, levando-nos que a autoridade máxima daquele país, quer tornar o mesmo, “nativo”, ou seja, somente de americanos, remete a uma polarização política nos EUA totalmente demasiada e dividida, o que coloca em risco a estabilidade democrática, ao ponto de cogitar um terceiro mandato, o que é proibitivo ante a Constituição Federal Americana, tendo sido implementada na 22ª Emenda, através de ratificação em 1951.
Outro ponto a ser elencado, é a declaração de emergência na fronteira com o México e a intensificação das deportações, incluindo portadores de green cards, o que, mesmo já tendo transcorrido tempo relevante, traz a tona preocupações humanitárias e econômicas, pois essa população, dependia da economia americana. 
A saída dos EUA do Acordo de Paris (tratado climático), também retrocede o engajamento dos esforços globais no combate as mudanças climáticas e ainda, isola o país na participação das discussões ambientais, prejudicando sua liderança nas mesmas. 
Relacionado as imposições das tarifas comerciais, direcionadas a vários itens de consumo e produtos importados/exportados pelos Estados Unidos, poderá ocorrer uma batalha comercial envolvendo todas as economias até então parceiras do mesmo, principalmente as economias emergentes, como é o caso do Brasil, o qual já enfrente uma condição desafiadora adicional interna. Já é sabido que essa decisão do governo americano, de igual forma, trará consequência para a população, acarretando em um aumento de preços de forma horizontal e abrangente. 
No que diz respeito as relações internacionais, o atual presidente tem exposto e enfraquecido, alianças centenárias e tradicionais, como a União Europeia e ainda, dando mais corpo a uma política externa isolacionista, conduzindo o cenário a um realinhamento geopolítico, onde os atuais parceiros, buscarão novas alternativas, mesmo que estas não atendam em um primeiro momento, as suas necessidades. 
Paralelamente a isso, tem-se as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, que não evoluíram onde o governo russo rejeitou a proposta dos EUA para um cessar-fogo, justificando não abordar as causas fundamentais do conflito. No entanto, o mesmo ordena o recrutamento de 160.000 soldados, o maior número desde 2011, o que levanta indícios sobre uma possível escalada militar, e por sua vez a Ucrânia continua a busca incessante de apoio internacional. 
 
Gaza
O conflito entre Israel e Hamas tornou-se mais intenso após o fim do cessar-fogo, onde o primeiro retomou os bombardeios, resultando em centenas de mortes e uma grave crise humanitária. Vários protestos contra o Hamas surgiram dentro da Faixa de Gaza, situação que não é comum, levantando dúvidas sobre sua autenticidade, momento onde Israel ofereceu uma saída para os líderes do grupo, desde que entreguem suas armas, porém sem êxito. 
 
Clima
Além de todo o planeta estar sofrendo as consequências deste tema, no Brasil, estudos revelam que as escolas públicas não estão preparadas para eventos climáticos extremos, como ondas de calor, frio ou enchentes. Concomitante a isso, cientistas estudas maneiras de transformar gases de efeito estufa em combustíveis renováveis, o que pode ser uma solução para minimizar a emissão dos mesmos. Identificaram ainda, espécies de árvores e vegetação mais resistentes a poluição e ao aquecimento global, o que a médio e longo prazos, pode auxiliar na arborização urbana. 
Estes são alguns dos pontos que estão em voga atualmente, dentre tantos outros em menor ou maior proporção, mas que demonstram a fragilidade pela qual a humanidade está passando, seja nas esferas político, econômica ou social. 

Outras colunas deste Autor