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Em entrevista concedida ao canal Folha News, o presidente do Diretório Municipal do PDT, João Vicente Barreto da Costa, abordou temas centrais para o futuro de Lagoa Vermelha e para a reconstrução da identidade partidária após três derrotas eleitorais consecutivas. Ele falou sobre a necessidade de renovação interna, defendeu o protagonismo juvenil, cobrou estratégias para o desenvolvimento local e conclamou as lideranças políticas e comunitárias a um pacto coletivo em favor da cidade.

 

O PDT de Lagoa Vermelha, após 16 anos no poder, vive um processo de reestruturação. João Vicente destacou que a sigla tem promovido reuniões internas para debater uma alternância na presidência e na executiva municipal.

“Entendemos que nossa missão frente à direção do partido foi cumprida. É hora de dar espaço a novas lideranças que possam oxigenar o projeto pedetista”.

A renovação, segundo ele, deve ir além dos cargos. A meta é retomar o vínculo com a comunidade e promover um diálogo que resgate os valores históricos do partido: educação pública de qualidade, desenvolvimento econômico e justiça social.

 

O presidente destacou que a educação precisa ser tratada como prioridade urgente em Lagoa Vermelha.

“Não basta criticar. Precisamos apresentar soluções. Cidades como Sobral, no Ceará, já provaram que é possível transformar realidades com políticas públicas consistentes”.

Ele defendeu que o município adote práticas de gestão escolar profissional e que se comprometa com o pagamento do piso nacional do magistério, além de construir um projeto robusto para elevar os índices de desempenho educacional. “O futuro da nossa sociedade depende disso. A prosperidade que desejamos passa pela educação de qualidade”.

 

Sobre a questão hospitalar, João Vicente apontou como exemplo os modelos de gestão adotados em Sananduva e Tapejara, através de associações civis organizadas. Ele lamentou que iniciativas semelhantes em Lagoa Vermelha não tenham prosperado, atribuindo ao Executivo municipal a responsabilidade de mobilizar entidades, partidos e lideranças em torno de um objetivo comum.

“Não é buscar culpados. É buscar soluções”.

 

O dirigente pedetista reconheceu que há vagas de trabalho disponíveis, mas criticou a ausência de políticas estruturais de desenvolvimento industrial.

“A última área industrial estruturada de Lagoa Vermelha tem mais de 30 anos. O PDT adquiriu uma nova área em sua gestão, que ficou anos ociosa. Agora é que estão, enfim, disponibilizando os terrenos”.

Para ele, é preciso fomentar oportunidades, atrair empresas e gerar riqueza. “Sem industrialização, não há crescimento sustentável”.

 

A baixa participação da juventude na política local foi outro tema enfrentado com franqueza. João Vicente disse ser difícil atrair jovens para o debate partidário, mas acredita que esse cenário pode mudar.

“É preciso resgatar o papel do diálogo. A política não se faz com ódio ou intolerância. Temos que preparar o terreno para que os jovens possam entrar e assumir espaços”.

 

A entrevista foi marcada por um forte apelo à união das forças políticas e sociais da cidade. “Lagoa Vermelha precisa de um grande encontro. As lideranças precisam se sentar à mesa, independentemente de ideologia, para pensar o futuro”.

Para ele, cabe ao Executivo municipal iniciar esse movimento, mas o PDT está pronto para sentar e dialogar. “Se há uma meta clara, um propósito maior, todos estarão dispostos a contribuir. Não é hora de olhar para o próprio umbigo”.

Ao encerrar a entrevista, João Vicente reforçou sua esperança no futuro e a importância da participação coletiva. “O futuro de Lagoa Vermelha depende da união. Empresários, trabalhadores, jovens - todos devem estar envolvidos. A responsabilidade é de todos. Sem isso, marcharemos lentamente enquanto os outros avançam”.

Confira entrevista completa no canal de YouTube do Folha News: @folhanewslv

 

Projeto de lei complementar (PLP), aprovado terça- feira (6) pelo plenário da Câmara dos Deputados, aumenta de 513 para 531 o número de vagas na Casa em razão do crescimento populacional. O texto mantém o tamanho das bancadas que perderiam representantes segundo o Censo de 2022. A mudança será a partir da legislatura de 2027.  

O texto será enviado ao Senado onde vários senadores se posicionaram de forma contrária ao projeto que amplia o número de deputados de 513 para 531.

Na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Fabiano Contarato (PT-ES) disse estar “estarrecido” com o projeto. Ele afirmou que os parlamentares deveriam ter foco no bem-estar da população e na redução das desigualdades [sociais]. Segundo Contarato, a criação desses 18 novos assentos representa, no mínimo, um impacto de R$ 65 milhões nos gastos públicos.

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiou a votação da proposta de emenda à Constituição que acaba com a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos. O texto estava na pauta de quarta-feira, mas foi retirado após um pedido de vista da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Ela anunciou que vai apresentar uma emenda para tentar alterar o substitutivo elaborado pelo relator, senador Marcelo Castro.