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A ausência de vocação sacerdotal 04/07/2025

Escrever com frequência significa a busca por novos e atualizados assuntos para a apreciação dos leitores do jornal. Nesse sentido, sucintamente escrevo sobre assunto muito importante, que é a ausência de vocação sacerdotal em tempos de transição humana. Imagino que esta situação atinge em cheio a Igreja Católica.
A ordenação de padre Pedro, recentemente, pela arquidiocese de  Porto  Alegre, trouxe à tona um assunto bem sério para a igreja, já sinalizado por autoridades católicas. Trata-se da ausência de vocação sacerdotal, problema que afeta a maioria das dioceses. O fenômeno tem vários fatores, como focamos a seguir.  
Antes, importa registrar a figura simpática do padre Pedro, portador de um perfil humilde, alegre, inteligente e disposto a servir a igreja. Jovem bom de entrevista, fã de futebol, ligado em videogame, indicadores de que será um sacerdote com a cara do novo milênio. É importante trazer ideias novas para a Igreja.
De considerar também, que ele foi o único padre ordenado em uma arquidiocese com 1 milhão e meio de habitantes, fato que sinala grande desafio para a  Igreja.  Porém, não para por aí, tem a questão família e a juventude, bastante desgarradas da fé religiosa  e que estão a exigir algumas reformas, talvez.
Reformas na forma de agir e captar os fiéis, questões culturais e o crescimento absurdo dos evangélicos, o fenômeno do momento no mundo, que já consta na grade estatística apontando que em 2026 35% dos brasileiros serão evangélicos. Acredito que são temas a serem enfrentados pelos católicos.
E tem a questão do celibato, ato obrigatório para um sacerdote católico, que representa uma entrega total à Deus e ao serviço da Igreja. Em tempos de liberdade solta, especialmente entre os jovens, o celibato pode encontrar dificuldades para sobreviver, considerando que ele não é apenas uma questão de estado civil, visto que ele implica na ausência de casamento e também de relações sexuais.
Enfim, é assim que vejo este momento. É assunto da agenda do Papa Leão XIV, com certeza.
 
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DESASTRE - Quando escrevo esta coluna, leio que o  governo  tem intenção de recorrer à Justiça para manter o aumento do IOF, que foi derrubado pelo Congresso Nacional. Claro que nosso Congresso deixa muito a desejar em suas decisões, mas neste caso agiu com precisão e em favor dos interesses do povo, que é sua obrigação. Mais aí, o presidente Lula mostra sua tendência comunista e ditatorial, na medida em que tende  a criar um grave problema para a nossa República. Em democracia os poderes são independentes, de sorte que ao judicializar a decisão parlamentar pode se tornar em verdadeiro desastre
 
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UM INVERNO RAIZ - Está acontecendo no Rio Grande do Sul, agora com geada e sol, finalmente. O nosso Estado ficou totalmente coberto como um manto branco quando assino este artigo, um branco frio mas que também representa a paz geral. Dizem que o melhor lugar do mundo é dentro do abraço, porque também aquece. Então nosso abraço vai para primos Rodrigo e Marcia (que lá no Reino Unido enfrentam onda de calor extremo, só para contrariar), e para Raquel, Aldair e Vinicius, integrantes da Unicred Integração. É gente que lê a Folha.

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