COLUNISTAS

O Instituto Nacional de Meteorologia, que atua há 111 anos em Lagoa Vermelha, teve suas atividades encerradas na quarta-feira, dia 2. A decisão é em âmbito nacional. O órgão era responsável pela previsão e monitoramento do tempo. Pâmela Bittencourt Falkenback, responsável técnica do INMET de Lagoa Vermelha, lamenta o encerramento de um trabalho que iniciou com seu pai, Sejalmo Falkenback (in memoriam), passou pela sua irmã, Maria Cristina Falkenback (in memoriam) e que agora estava sob sua responsabilidade.

 

- Já circulavam há algum tempo comentários de que as estações convencionais seriam todas fechadas no Brasil. O que a gente sabe? Que várias estações convencionais foram fechadas. O comunicado, com relação ao encerramento das atividades da estação de Lagoa Vermelha, foi via whatsApp. Neste dia 2, recebi mensagem de que estava sendo desligada como funcionária - relatou Pâmela Falkemback.

 

- A gente tentou algumas parcerias em Lagoa Vermelha, principalmente com a Prefeitura. Procuramos manter, de todas as maneiras possíveis, o órgão funcionando, correndo atrás de recursos, mas sem sucesso. Hoje vemos com grande tristeza o fechamento de um órgão que foi mantido por 111 anos. Deixamos de ter os dados meteorológicos em Lagoa Vermelha. Os únicos dados que poderão ser obtidos serão através das automáticas quando estiverem funcionando. A última manutenção foi em 2019. Estamos em choque, tentando ainda digerir. É uma história que se encerra - desabafou Pâmela.  

 

Sandro Franciscatto, assessor do deputado federal Covatti Filho, esteve em Lagoa Vermelha na semana passada. Na oportunidade, comunicou a destinação de emendas parlamentares. São 700 mil reais para o município (custeio da saúde) e 300 mil reais para o Hospital São Paulo. 

- Realmente, Sandro esteve passando por Lagoa Vermelha, trazendo, então, essa intenção de emendas parlamentares para Lagoa Vermelha. Por que falo em intenção? Porque são destinações e que ainda dependem do pagamento por parte do governo federal - esclareceu prefeito Eloir Morona.

 

Morona pondera.

  - As coisas não estão fluindo conforme a gente gostaria. Gostaríamos que essas emendas estivessem na conta, mas há toda uma negociação em nível federal. Nem as emendas da saúde ainda foram depositadas. A gente confia que essa negociação em nível federal avance e que essas emendas sejam liberadas porque a grande maioria dos municípios depende desses recursos para dar continuidade aos seus trabalhos.

 

Além desses recursos do deputado Covatti Filho, tem também 1 milhão e 300 mil reais anunciados pela vereadora Paula Castilhos (PT) para a custeio na área da saúde. 

- Essas emendas são importantíssimas para que seja possível manter a estrutura que a gente já tem. Município investe hoje 10% a mais do que é obrigatório na área da saúde. Então, é necessário que tenhamos aporte financeiro externo para que possamos manter o que temos e até avançar um pouquinho na questão dos mutirões, principalmente de cirurgias. Pretendemos ver se conseguimos fazer esse ano ainda. Seria um mutirão de cirurgias para tentar aliviar um pouquinho a fila - comenta Morona. 

 

Prefeito Morona faz questão de lembrar que as cirurgias e os exames de média e alta complexidade são obrigações do Estado. No entanto, o município sempre tem dado o seu melhor para tentar diminuir e minimizar o sofrimento das pessoas.

 

Serviço de hemodiálise em Lagoa Vermelha já estava se transformando numa novelinha. Porém, começou a sair do papel. Tiveram início as obras de construção das instalações.

- Está saindo do papel. Isso nos deixa muito felizes, porque foi uma obra construída a diversas mãos. Teve apoio de muitas pessoas, o Judiciário, OAB, deputado Santini. Várias pessoas que se somaram a nós nesse esforço e agora a gente vê a obra dando início e sabendo que há recursos para tocá-la. É um sonho antigo. Repito o que falei várias vezes: acho que a hemodiálise é uma virada de chave na saúde, porque junto com ela vêm diversas outras especialidades que vão acrescentar na saúde, principalmente na nossa saúde hospitalar - comemora prefeito.

 

Já estão depositados, na conta do hospital, 1 milhão e 800 mil reais - informou Morona.

- Esse é o custo da obra física? - indagamos. 

- Isso, da obra física. Depois têm os equipamentos. Governo estadual já acenou, através da secretária Arita Bergmann, inclusive quando esteve aqui por ocasião do Rodeio Crioulo, com a destinação de recursos para aquisição dos equipamentos. Acredito que deva ser, mais ou menos, na mesma ordem, mais de 1 milhão de reais - projetou.

 

Será necessário lançamento de uma nova licitação para a construção do Centro Dia de Lagoa Vermelha, “Creche dos idosos”. Na primeira licitação, as empresas que procuraram se habilitar não preencheram todos os requisitos, inviabilizando a sequência do certame. Informação foi transmitida por Luiz Andrighi, da secretaria municipal do Planejamento. Estado destinará cerca de 1 milhão de reais. Tem mais a contrapartida do município.

 

Administração Municipal voltou a dar uma “dura” na empresa que realiza o serviço visando pavimentação da Avenida Valmor Bonotto, na Área Industrial I. Houve notificação. A lentidão do serviço já está incomodando muita gente. Município subiu o tom da voz. 

 

Por outro lado, foi lançada licitação para a primeira etapa do Parque da Lagoa junto à lagoa que deu origem ao nome do município. Deputado federal Marcel van Hatten destinou cerca de 600 mil reais. Primeira etapa compreenderá acesso ao local, iluminação, banheiros, pista de caminhada em torno da lagoa, uma passarela em madeira para uma ligação das extremidades da pista e estacionamento. Estão previstas mais duas etapas para as quais o município terá que buscar recursos.  O projeto completo tem como objetivo transformar a área em um espaço turístico, de lazer e de visitação.

 

A empresa Kabat Gestão Hospitalar, que administra o setor de urgência e emergência do Hospital São Paulo de Lagoa Vermelha, promoveu um curso para profissionais médicos na área de politraumatizados. Ao todo, 16 profissionais da região participaram. Era o limite. 

Politraumatizado, no contexto médico, refere-se a uma condição em que um indivíduo sofre múltiplas lesões graves em diferentes partes do corpo, geralmente devido a agentes externos como acidentes de trânsito, quedas ou ferimentos por arma. 

O curso foi ministrado pelo Centro de Treinamentos e Simulações de Emergências, de São Paulo. Teve como local a Unopar.

 

- Desde que assumimos a parte médica da urgência e emergência do Hospital São Paulo, começamos, aos poucos, a identificar alguns problemas com atendimentos de pacientes graves. Cruzam duas BRs na cidade e isso acaba tendo muitos pacientes com traumas. Eu já conhecia o curso, já tinha feito, e comecei a buscá-lo para Lagoa Vermelha para qualificar ainda mais o nosso atendimento - disse médico Altair Júnior.