COLUNISTAS
Toxoplasmose 04/07/2025
A toxoplasmose é uma zoonose, ou seja, uma doença transmitida dos animais para os seres humanos. Casos de infecção por Toxoplasma gondii já foram detectados em praticamente todos os continentes.
O primeiro registro de toxoplasmose humana foi descrito por Castellani em 1913, em um menino com febre e esplenomegalia. Em animais, os primeiros relatos ocorreram em cães na Itália, e posteriormente em ovinos, suínos e caprinos nos Estados Unidos. Sabe-se, portanto, que essa doença está amplamente disseminada no mundo. Infelizmente, as autoridades sanitárias tendem a se preocupar com a toxoplasmose apenas quando ocorrem surtos localizados de maior proporção.
Atualmente, um surto tem gerado preocupação no Rio Grande do Sul, mais especificamente no município de Santa Maria, onde foram registrados 1.011 casos notificados, sendo 665 suspeitos e vários confirmados, incluindo dois óbitos fetais. Até o momento, a forma de contaminação ainda não foi identificada.
Essa enfermidade pode acometer todos os vertebrados de sangue quente (mamíferos e aves), sendo os felídeos os hospedeiros definitivos do T. gondii.
As principais formas de transmissão para os humanos são: ingestão de cistos presentes em carnes cruas ou mal cozidas, ingestão de oocistos por meio de água contaminada, ou ainda transmissão congênita. Os animais também podem ser infectados por meio da ingestão de carne contaminada, água contaminada ou via transplacentária. O solo contaminado com oocistos oriundos das fezes de felinos domésticos representa uma via de transmissão de grande importância epidemiológica.
Nos humanos, os sinais clínicos mais frequentes incluem alterações oculares que podem levar à cegueira, além de distúrbios reprodutivos como aborto, má-formação fetal, hidrocefalia, neuropatias e alterações neuromusculares. Em animais, especialmente em espécies domésticas, podem ocorrer abortos e natimortos.
O diagnóstico em humanos pode ser feito por meio de técnicas sorológicas, como hemaglutinação indireta e imunofluorescência indireta. O laboratório de referência para análises no Rio Grande do Sul é o Lacen-FEPPS.
A toxoplasmose é uma doença de notificação obrigatória, tanto para humanos quanto para animais.
A prevenção deve estar focada no consumo consciente de carnes - que não devem ser cruas nem mal cozidas -, no uso de água potável e no cuidado com o contato com fezes de felinos. Uma das formas eficazes de reduzir a infecção em humanos é destruir os cistos da carne, cozinhando-a a uma temperatura de 70 ºC por pelo menos 20 minutos, ou congelando-a a -13 ºC por 18 a 24 horas.
Vale destacar que os cistos do T. gondii são resistentes ao sal e a condimentos, o que representa um risco nos alimentos preparados com carne crua, como salames e linguiças frescais.
O primeiro registro de toxoplasmose humana foi descrito por Castellani em 1913, em um menino com febre e esplenomegalia. Em animais, os primeiros relatos ocorreram em cães na Itália, e posteriormente em ovinos, suínos e caprinos nos Estados Unidos. Sabe-se, portanto, que essa doença está amplamente disseminada no mundo. Infelizmente, as autoridades sanitárias tendem a se preocupar com a toxoplasmose apenas quando ocorrem surtos localizados de maior proporção.
Atualmente, um surto tem gerado preocupação no Rio Grande do Sul, mais especificamente no município de Santa Maria, onde foram registrados 1.011 casos notificados, sendo 665 suspeitos e vários confirmados, incluindo dois óbitos fetais. Até o momento, a forma de contaminação ainda não foi identificada.
Essa enfermidade pode acometer todos os vertebrados de sangue quente (mamíferos e aves), sendo os felídeos os hospedeiros definitivos do T. gondii.
As principais formas de transmissão para os humanos são: ingestão de cistos presentes em carnes cruas ou mal cozidas, ingestão de oocistos por meio de água contaminada, ou ainda transmissão congênita. Os animais também podem ser infectados por meio da ingestão de carne contaminada, água contaminada ou via transplacentária. O solo contaminado com oocistos oriundos das fezes de felinos domésticos representa uma via de transmissão de grande importância epidemiológica.
Nos humanos, os sinais clínicos mais frequentes incluem alterações oculares que podem levar à cegueira, além de distúrbios reprodutivos como aborto, má-formação fetal, hidrocefalia, neuropatias e alterações neuromusculares. Em animais, especialmente em espécies domésticas, podem ocorrer abortos e natimortos.
O diagnóstico em humanos pode ser feito por meio de técnicas sorológicas, como hemaglutinação indireta e imunofluorescência indireta. O laboratório de referência para análises no Rio Grande do Sul é o Lacen-FEPPS.
A toxoplasmose é uma doença de notificação obrigatória, tanto para humanos quanto para animais.
A prevenção deve estar focada no consumo consciente de carnes - que não devem ser cruas nem mal cozidas -, no uso de água potável e no cuidado com o contato com fezes de felinos. Uma das formas eficazes de reduzir a infecção em humanos é destruir os cistos da carne, cozinhando-a a uma temperatura de 70 ºC por pelo menos 20 minutos, ou congelando-a a -13 ºC por 18 a 24 horas.
Vale destacar que os cistos do T. gondii são resistentes ao sal e a condimentos, o que representa um risco nos alimentos preparados com carne crua, como salames e linguiças frescais.