COLUNISTAS

1º/08/2025

Deputado Guilherme Pasin reforça compromissos regionais e defende união da direita para 2026 

Em agenda regional pelo interior do Estado, o deputado estadual Guilherme Pasin (PP) esteve em Lagoa Vermelha no dia 31 de julho. Durante entrevista exclusiva ao Jornal Folha do Nordeste, o parlamentar abordou temas locais e estaduais, como o fortalecimento da base progressista, a situação prisional, saúde, turismo, infraestrutura rodoviária e o cenário político nacional. Reeleito com expressiva votação na região, Pasin reiterou sua disposição em seguir defendendo os interesses dos municípios e projetou seu futuro político.
 
Visita técnica e diálogo com a comunidade
 
Cumprindo o recesso parlamentar com agenda intensa em 12 municípios da região, Pasin destacou o objetivo de ouvir as lideranças e captar as demandas locais. “Esse é o trabalho de um deputado: compreender os gargalos e transformar angústias em ações efetivas. Só assim conseguimos direcionar investimentos e cobrar políticas públicas adequadas”, afirmou.
Em Lagoa Vermelha, uma das principais pautas tratadas foi a necessidade de retomar a oferta de trabalho no sistema prisional local, tema levado pela vereadora Charise Bresolin. O deputado comprometeu-se a levar a demanda à Assembleia. “A mão de obra prisional traz ocupação e dignidade ao apenado. É reinserção social com responsabilidade”, frisou.
Pasin também relatou demandas sobre saúde pública, segurança e proteção animal, além de questões de infraestrutura regional. “Estamos atentos às dificuldades enfrentadas pelas prefeituras, principalmente após a retirada de programas estaduais de apoio, como os voltados a protetores de animais. Precisamos recompor esses recursos e repensar o apoio técnico”, disse.
 
Investimentos e orgulho em Ibiraiaras
 
Natural de família ibiraiarense, Pasin demonstrou entusiasmo ao anunciar novo investimento no município. Em parceria com a deputada federal Any Ortiz - que está se aproximando do Progressistas - será destinado apoio ao Ibira Futsal, especialmente nas categorias de base. “É um projeto social belíssimo, que tira as crianças da ociosidade e as insere no contraturno escolar por meio do esporte”, ressaltou.
O parlamentar lembrou ainda de outras contribuições recentes, como recursos para o parque de eventos, unidades de saúde e a APAE, que atende toda a região. “É gratificante devolver à minha terra tudo aquilo que ela me deu. Política é isso: transformar a vida das pessoas”.
 
Reeleição e visão de futuro
 
Pasin confirmou que buscará novo mandato como deputado estadual. “Fui muito bem acolhido pela região e estou pronto para submeter novamente meu nome ao julgamento popular. Será apenas mais um mandato. Depois disso, avaliaremos os caminhos”, afirmou.
Segundo ele, o desempenho parlamentar deve ser o principal termômetro. “Se entregarmos bons resultados, a população reconhecerá. A política é dinâmica e a renovação precisa ser constante, com compromisso e responsabilidade”.
 
Fortalecimento do Progressistas no RS
 
Ao falar sobre a conjuntura partidária, o deputado exaltou o crescimento do Progressistas no Rio Grande do Sul após a federação com o União Brasil. “Somos hoje a maior força política estadual, com mais de 180 prefeituras, centenas de vices e vereadores. Essa base sólida legitima nossa ambição de protagonizar o governo estadual em 2026”, declarou.
O nome do deputado federal Covatti Filho, atual presidente estadual da sigla, foi citado como forte liderança no cenário estadual. “Covatti consolidou o partido e está pronto para liderar um projeto. Tenho plena confiança em sua capacidade, pela firmeza e clareza ideológica”, disse Pasin.
 
União da direita: pragmatismo 
e estratégia para 2026
 
Sobre a movimentação de outras legendas do campo da direita, como PL e Novo, Pasin foi enfático ao defender a convergência. “Estamos todos no mesmo campo ideológico. É natural que cada partido lance seus nomes, mas lá na frente o diálogo prevalecerá. Quem tiver mais capilaridade e apoio popular liderará o projeto de reconstrução do Estado”, destacou.
Ele defendeu uma postura estratégica, com respeito entre as siglas: “O que importa é que lá na frente, PL, Progressistas, Novo e outros partidos estejam juntos, alinhados por um projeto nacional que defenda a liberdade, a propriedade, o empreendedorismo e a família”.
 
Críticas à política 
externa do governo federal
 
Pasin também comentou sobre o cenário nacional, com duras críticas à condução diplomática do governo Lula. Segundo ele, a postura ideológica compromete acordos comerciais e prejudica setores produtivos do país. “O Brasil não pode flertar com regimes autoritários inimigos dos nossos principais parceiros, como EUA e União Europeia. Isso resulta em retaliações, como o aumento de tarifas que prejudicam diretamente o setor moveleiro, como aqui em Lagoa Vermelha”, argumentou.
O deputado afirmou que o Progressistas não integra o governo federal, apesar de um parlamentar da legenda ter aceitado convite pessoal. “Nossa linha é clara: oposição ao lulopetismo. Nosso presidente, Ciro Nogueira, é pré-candidato a vice-presidente e trabalha para consolidar uma grande frente de direita”, declarou.
 
Lagoa Vermelha: 
desenvolvimento e compromisso
 
Sobre sua relação com Lagoa Vermelha, Pasin reforçou a gratidão e respeito pela expressiva votação que recebeu no município. “Tenho carinho enorme por esta cidade. Estive recentemente com minha família, no Lagoa Parque Hotel, e me surpreendi com o quanto Lagoa cresceu. Isso é fruto de administrações comprometidas, como as de Bonotto e Morona”, destacou.
O deputado também se posicionou contra o modelo de concessão do Bloco 2 de rodovias, que impactará o acesso à cidade. “Minha posição é clara: sou contra esse modelo de pedágios, que isola Lagoa e penaliza o cidadão”, afirmou.
Ele reafirmou seu compromisso com pautas como o turismo, infraestrutura, cultura e saúde. “Estou sempre à disposição da comunidade. Trabalhar por Lagoa é uma honra e uma responsabilidade que levo com seriedade”, completou.
 
Boa política
 
Encerrando a entrevista, Pasin deixou um recado aos lagoenses: “Acreditem na boa política. Por mais que existam motivos para o desalento, é por meio da política que conseguimos transformar a realidade. E é por isso que sigo com energia e dedicação, construindo pontes e soluções”.
 
Prováveis mudanças na obtenção da CNH
 
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), afirmou que o governo federal estuda acabar com a obrigatoriedade da autoescola para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no país. Segundo o ministro, a proposta já foi concluída e faz parte de um pacote para reduzir os custos e exigências que atualmente são necessárias para conquistar a licença.
De acordo com Renan Filho, a proposta será levada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A obrigatoriedade está expressa numa resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), e pode acabar, segundo o ministro, apenas com a aprovação do Executivo.
"Vai ser um programa transformador, porque nós não estamos inventando a roda, nós estamos usando a experiência internacional", defendeu o ministro em entrevista à Folha de S. Paulo. Renan Filho também afirmou acreditar que a proposta será aprovada pelo presidente Lula sem passar pelo Congresso Nacional.
Com uma eventual alteração, as aulas passariam a ser facultativas, sem que os cidadãos tenham que cumprir uma carga horária mínima nas autoescolas. O ministro defende que o Brasil é um dos poucos países do mundo que ainda adotam esse formato. No entanto, os exames técnico e prático continuariam sendo exigidos. "Então, o cidadão vai ter que passar na prova, ele vai ter que passar na direção, mas ele vai estudar no mundo moderno. À distância, ele próprio vai estudar, o irmão mais velho dele que é habilitado vai ensinar", explicou o ministro.
Renan Filho também citou outros exemplos, como os de jovens que frequentam uma mesma igreja e, querendo obter a carteira, se reuniriam para aprender juntos. Ele mencionou que o custo para tirar a licença é "caro, trabalhoso e demorado", e está "entre R$ 3.000 a R$ 4.000", a depender do estado, e a possível modificação no formato ocasionaria uma economia de 80% De acordo com o Ministério dos Transportes, uma pessoa pode aprender a dirigir em uma via fechada, chamada de "circuito fechado particular", como um condomínio. Nas autoescolas, os carros utilizados possuem adaptações para o auxílio dos instrutores, capazes de controlar os pedais do veículo mesmo no banco do carona, o que não é possível em veículos de passeio convencionais.
As mudanças começariam pelas categorias A e B.
 
Para debater
Você aprova as prováveis mudanças na emissão da CNH?
 
Anotações:
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou ordem executiva que sobretaxa produtos brasileiros em 50%, medida que começa a valer em sete dias. O decreto, no entanto, elenca 694 exceções dentre os quatro mil itens exportados pelo país.
Anunciado com estardalhaço, o tão temido tarifaço americano virou, no fim das contas, uma laranjada aguada. O decreto assinado por Trump impõe, sim, uma sobretaxa a produtos brasileiros, mas o número de isenções é tão vasto que parece ter havido um certo receio ianque de provocar um caos na própria cozinha. (Migalhas)
46% acham a família Bolsonaro culpada por tarifaço e 1/3 dos bolsonaristas culpam os Bolsonaro por tarifaço. São números de pesquisas da Poder Data.

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