COLUNISTAS

08/08/2025

Ana Amélia Lemos na CNN Brasil: prisão domiciliar de Bolsonaro fortalece oposição e reacende debate sobre o PL da Anistia 
A jornalista e ex-senadora Ana Amélia Lemos, natural de Lagoa Vermelha (RS), foi uma das convidadas do programa O Grande Debate, exibido nesta terça-feira pela CNN Brasil. Em sua participação, Ana Amélia comentou os impactos políticos da prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, apontando que a medida fortaleceu ainda mais a narrativa de vitimização da oposição e reacendeu a discussão sobre o Projeto de Lei da Anistia.
"Com a prisão e o silêncio impostos por Alexandre de Moraes a Jair Bolsonaro, ele se transformou numa vítima - e uma vítima que agora está sendo 'enrolada' no campo político", afirmou. Ana Amélia declarou ter votado em Bolsonaro no segundo turno de 2018 e nos dois turnos de 2022, mas destacou que sua fala na CNN era principalmente como jornalista.
Ela mencionou o editorial da Folha de S. Paulo, elogiando a posição do jornal, tradicionalmente criticado por setores da direita, por defender garantias constitucionais. “A Folha condena a prisão do ex-presidente e, mais ainda, o silêncio imposto pelo ministro da Suprema Corte”, destacou. Segundo Ana Amélia, o editorial também pede que o ministro Alexandre de Moraes devolva a liberdade de expressão ao ex-presidente e reconsidere a prisão, classificada por ela como “absolutamente inadequada”.
Durante o debate, a jornalista lembrou que, no episódio em que cumprimentou apoiadores no domingo, Bolsonaro não desrespeitou a determinação inicial de Moraes, que, segundo ela, não proibia manifestações verbais. “Ele fez apenas uma saudação, sem provocar ou confrontar a Suprema Corte”, observou.
Ana Amélia ainda frisou que decisões antecipadas e questionáveis como essa abrem espaço para críticas, inclusive por setores independentes, fortalecendo o discurso da oposição. “Isso reforça a tese de que a prisão domiciliar fortaleceu - e muito - o campo oposicionista na defesa de pautar o PL da Anistia no Congresso Nacional”, concluiu.
A fala da ex-senadora repercutiu nas redes sociais, especialmente entre apoiadores de Bolsonaro, e reforça o tom político que deverá marcar o segundo semestre de 2025.
 
Reações de empresas gaúchas ao “tarifaço” 
Empresas gaúchas que integram as cadeias produtivas dos setores metalmecânico, moveleiro, calçados e alimentício foram as primeiras a protocolar pedidos de financiamento junto ao programa de auxílio aos exportadores, criado pelo Governo do Estado para socorrer os segmentos industriais afetados pela elevação da taxação imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. O relato foi feito pelo presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Junior.
Ranolfo Vieira Junior considera os R$ 100 milhões uma medida paliativa diante do impacto na economia gaúcha, mas destacou que os empréstimos oferecidos através do BRDE, terão uma taxa de juros subsidiados e muito abaixo do mercado (IPCA mais 4% ao ano), além de cinco anos para pagamento e 12 meses de carência.
 
Presidente da FEDERASUL questiona Lula
Ao dar início ao debate que ocorreu no primeiro dia de vigência da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, o presidente da FEDERASUL, Rodrigo Sousa Costa, questionou a postura do presidente Lula argumentando que o país e o Rio Grande do Sul estão sofrendo as sanções políticas decorrentes da postura hostil do governo brasileiro frente aquele país. 
“Enquanto Lula continuar com provocações ideológicas não teremos uma solução para essa crise que causa um impacto social e econômico brutal para o Brasil e para o Rio Grande do Sul”, afirmou ao acrescentar que o país não pode aceitar atitudes de um governo que se coloca acima da Constituição e do Congresso Nacional. 
 
Uso medicinal da maconha
O uso medicinal da maconha e o trabalho das Associações Canábicas do Rio Grande do Sul foram o assunto do Grande Expediente da sessão plenária, nesta quarta-feira por iniciativa do deputado Leonel Radde (PT). Ele discorreu sobre a importância do tratamento de diversas doenças realizado com a cannabis terapêutica, que reflete também na qualidade de vida de milhares de pessoas. Ainda relatou que diversos países já regulamentaram a produção e comércio da planta, bem como, estados brasileiros, incluindo São Paulo. 
 
Reconstrução de cidades gaúchas
O Governo Federal assinou o termo de compromisso para contratação das obras de reconstrução do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Rio Grande do Sul. Com isso, o estado vai receber R$ 32 milhões para 44 obras de apoio a 27 municípios. A iniciativa visa restabelecer serviços, fortalecer a rede de proteção social e garantir apoio imediato e contínuo à população em situação de vulnerabilidade.
As obras envolvem a construção e a reforma de Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), além de centros de convivência e unidades de acolhimento. O apoio também é destinado à aquisição de equipamentos, mobiliários e aluguel de espaço para unidades de CREAS e CRAS durante o período das obras.
Formalizada nesta segunda-feira (4/8) pelo Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, a ação faz parte da execução da Medida Provisória nº 1.284/2024, que designa recursos para reconstruir equipamentos públicos danificados pelas enchentes no estado.
 
Para debater
Avaliação do trabalho do STF é feita sob a ótica técnico-jurídica ou busca outros objetivos?

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