COLUNISTAS
Eleições - O valor do voto 26/09/2025
Nós, brasileiros, sonhamos com uma pátria justa socialmente e desenvolvida economicamente, digna e decente.
Desejamos que nossa sociedade seja presidida por um ambiente de alta densidade ética, pautada pela crença da maioria em valores morais que formaram a nossa nacionalidade e nos permitiram sonhar com democracia, dignidade, justiça e paz.
A grande verdade é que um número significativo de brasileiros não tem dado ao voto o devido valor e importância.
O povo, muitas vezes, não exerce sua capacidade crítica e, com o voto comprado, acaba sustentando a corrupção, o banditismo e a imoralidade dos costumes.
A situação a que chegamos pode ser explicada pelas condições degradadas do sistema educacional, pelos grandes e injustos desníveis de renda, pela insegurança e pelo índice alarmante de corrupção. Esse cenário fortalece classes que só pensam nos lucros e no poder político, sustentando políticos incompetentes ou corruptos, que votam de acordo com os interesses de seus patrocinadores.
Grande parte da mídia e da propaganda é manobrada por hábeis “marqueteiros”, moldando opiniões e distorcendo realidades.
Se tudo continuar como está e os malfeitos continuarem a “acabar em pizza”, a descrença tomará conta da sociedade. Todos os que militam na política passarão a ser taxados de corruptos ou, no mínimo, suspeitos. Nesse ambiente, todas as instituições terão dificuldades para cumprir seus desígnios, e a instalação do caos poderá estar muito próxima de nós.
Além da criação de leis com capacidade real de punir e cortar privilégios, é indispensável a tão falada reforma política. Ela deve estabelecer regras claras, capazes de coibir campanhas milionárias patrocinadas por entidades interessadas em se locupletar mais tarde com o dinheiro público, através de licitações dirigidas ou contratos fraudulentos.
Os tribunais eleitorais, assim como os eleitores, carregam uma grande responsabilidade no processo.
Os primeiros, punindo com rigor e efetividade aqueles que fraudam, que usam métodos escusos e que recorrem ao “caixa dois” e às “sobras de campanha”.
Os segundos, que somos nós, os eleitores, precisamos ter consciência de que ninguém assume cargo público sem voto. Portanto, o voto é a grande arma para selecionar e eleger pessoas éticas, honestas e comprometidas com o servir através da política, e não em servir-se dela para fins escusos.
Mais do que votar, precisamos exercer participação efetiva: fiscalizar, acompanhar e, sobretudo, escolher com parcimônia aqueles que receberão nosso voto. É dessa consciência coletiva que pode nascer um Brasil mais justo, ético e decente.