COLUNISTAS
A prioridade é essencial 07/11/2025
Vivemos dias de notícias pesadas sobre guerras, criminalidade, radicalismo político e intransigências, temas que, muitas vezes, não agradam ao leitor exigente. São assuntos indigestos, mas deles não podemos nos afastar, é uma realidade que chegou para ficar, essa que é a verdade. É como diz o dito popular castelhano: “Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay”. Simples assim.
Essa situação embaraça o articulista, que se manda em busca de temas mais amenos. Amenos, porém, fundamentais em nossas vidas, como dar prioridade ao essencial, por exemplo. Sim porque dar prioridade ao essencial constitui uma regra fundamental para alcançarmos o sucesso em qualquer atividade humana.
Nessa caminhada precisamos descobrir o que é prioritário, para depois nos dedicarmos inteiramente em busca da meta proposta. Antes, convém lembrar que diante da aridez e violência que nos cercam, o mundo se move em grande velocidade, trazendo mudanças e novos modos de existência.
Bem, para que tudo isso ocorra, necessitamos descobrir o que é prioritário, para depois nos dedicarmos inteiramente em busca do objetivo proposto. Na antiguidade Aristóteles, filósofo e pensador grego que nasceu em 384 a.C., aconselhava que o caminho para alcançar o sucesso é: primeiro, ter um ideal prático, um objetivo; segundo, ter os meios necessários para atingir seus fins, como sabedoria; terceiro, ajustar tudo isso àqueles objetivos.
De sorte que se não soubermos dar prioridade ao essencial, nossa vida será um alvoroço, como um toque sem nenhuma harmonia. Não devemos nos preocupar com coisas supérfluas, para não perdermos o rumo. Dar prioridade ao essencial indica que o sucesso será alcançado, dependendo do tempo e da energia que dispensar para cumprir o que se deseja.
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RIO DE JANEIRO A 40 GRAUS - A recente chuva de balas que caiu sobre a “cidade maravilhosa” pode ser a luz de alerta para o governo (desgoverno?) admitir que a sociedade, como um todo, sofre as mazelas da ausência de educação, segurança e trabalho. O que vemos hoje nas imensas comunidades dominadas pelo tráfico e os assaltos a mão armada em plena luz do dia nas ruas das grandes cidades, é o retrato do abandono desde o início do século. Nesse período o progresso tecnológico não foi acompanhado pelo desenvolvimento da justiça social, situação que fomenta a distância entre ricos e pobres. Em meio a tudo isso, nossos políticos pensam no cabide e na próxima eleição, deixando de lado as causas sociais. Não é demais dizer que falta consciência moral e social em tempos de inteligência artificial e mecânica quântica.
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JUSTIÇA TARDIA - Foi o que aconteceu com uma jovem gaúcha acusada de participar em um homicídio. Presa durante seis anos, não teve a chance de responder à acusação em liberdade, apesar de inúmeros recursos. Todos lhe foram negados e no final foi absolvida por ausência de provas. Situação curioso, visto que hoje em dia, infelizmente, acontecem homicídios e feminicídios e dificilmente alguém é preso. Absolvida, faleceu 74 dias depois, de câncer. Que coisa! Nada há mais relevante para a vida humana, que a formação do sentimento de injustiça. No fim, o abraço aos amigos Laudemir Dondé e Paulo Dal Paz. É gente que lê a Folha.


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