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Na terça-feira à noite, por ampla maioria de votos, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Antifacção, que prevê penas maiores para bandidos e redução da possibilidade de progressão das penas, que faz com que muitos criminosos fiquem bem menos tempo na cadeia e em regime fechado. A aprovação, por 370 votos, é uma vitória da sociedade brasileira, que não aguenta mais o nível de violência que grassa no país e que prejudica todos, e em particular os mais pobres.

Finalmente o Congresso passa a demonstrar alguma sensibilidade pelo tema, formando-se uma maioria de votos por penas mais pesadas e por menos alívio aos bandidos. A votação, no entanto, não foi unânime e pouco mais de 100 deputados votaram contra o projeto de lei. 

Destaque-se que toda a bancada do PT, que diz defender o cidadão brasileiro da violência, foi contra o endurecimento de penas de membros de organizações criminosas. Os parlamentares do PT não concordaram com essa e outras partes do texto e resolveram votar contra, transmitindo uma péssima mensagem aos brasileiros. Presumia-se que estivessem ao lado da população que clama por maior punição à bandidagem. No fim, se revelaram.

As concepções de segurança pública de Lula e do PT, e que percebem os bandidos como vítimas da sociedade e traficantes como vítimas de usuários, não conversam com a maior parte dos brasileiros. São excrescências ideológicas, uma perspectiva marxista sobre a violência. Lula nada tem a oferecer em termos de plano de segurança pública ao país, a não ser o voto contrário do PT para endurecer penas aos que tornam o Brasil um dos lugares mais inseguros do mundo. Fica parecendo que não estão ao lado de quem quer um país com menos criminalidade e mais justiça.