Das 26 capitais do Brasil, 15 não definiram os seus gestores no primeiro turno. Destes, em cinco concorrem atuais prefeitos: São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus e João Pessoa.
A formação dessas disputas no primeiro turno foi peculiar e trouxe surpresas em alguns casos. Uma das eleições mais emblemáticas foi a de São Paulo. Após uma primeira etapa marcada por polêmicas e agressividade, em parte vinda do candidato Pablo Marçal (PRTB), a capital paulista poderá vir a ser administrada por Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição, ou Guilherme Boulos (PSol).
Marçal, Nunes e Boulos passaram boa parte do primeiro turno oscilando na liderança. O acirramento ficou evidente no número de votos conquistados: Nunes obteve 29,48%; Boulos, 29,07%; Marçal, 28,14%.
As atenções são grandes para a disputa, além da relevância da cidade, por representar a polarização entre o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que participaram de ambas as campanhas.
Pela prefeitura de Belo Horizonte (MG) se enfrentam Bruno Engler (PL) e Faud Noman (PSD). Na primeira etapa, Engler atingiu 34,38% dos votos válidos e Faud, que busca a reeleição, somou 26,54%. No segundo turno, Engler recebeu apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e de lideranças ao seu redor, enquanto que o atual prefeito teve apoio do campo da esquerda, como dos candidatos que formavam a chapa petista.
Ainda sobre polarização entre PT e PL, Fortaleza (CE) tem cenário imprevisível. Na disputa estão o deputado estadual Evandro Leitão (PT) e o deputado federal André Fernandes (PL). No primeiro turno, Fernandes atingiu 40,20% dos votos, enquanto Leitão atingiu 34,33%.
Em Curitiba (PR) a disputa se dá no mesmo campo político. Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMD) disputam o cargo. Pimentel representa a continuidade da atual gestão de Rafael Greca (PSD), de quem é vice, enquanto que Cristina surpreendeu ao garantir a vaga no segundo turno. Estreante na política, ela investiu no perfil “conservadora”.
A única disputa das capitais entre duas mulheres se dá em Campo Grande (MS). Adriane Lopes (PP), que conquistou 31,67% dos votos válidos, e Rose Modesto (União Brasil), que recebeu 29,56%, disputam o comando da capital.
Em Belém (PA) concorrem o deputado estadual Igor Normando (MDB) e o deputado federal Éder Mauro (PL). No primeiro turno, Igor atingiu 44,89% dos votos e o adversário, Éder, 31,48%.
Os deputados federais Paulinho Freire (União) e Natália Bonavides (PT) buscam a prefeitura de Natal (RN). No primeiro turno, Freire somou 44,08% dos votos válidos, contra 28,45% de Natália. A campanha também representa a polarização entre Lula e Bolsonaro. O atual presidente inclusive participou de ato de campanha da petista neste segundo turno.
Em Manaus (AM), o atual prefeito David Almeida (Avante) e o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) se enfrentarão pela capital amazonense. Na primeira etapa, Almeida ficou com 32,16% dos votos e Alberto Neto somou 24,94% dos votos.
Em João Pessoa (PB), a eleição é disputada pelo atual prefeito, Cícero Lucena (PP), e o candidato Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro da Saúde, ambos do campo da direita. Lucena quase venceu no primeiro turno, ao conquistar 49,16% dos votos válidos. Já Queiroga obteve 21,77%.
Com mais de 1 milhão de eleitores, a prefeitura de Goiânia (GO) é disputada neste segundo turno por Fred Rodrigues (PL) e Sandro Mabel (União). A disputa foi formada após Fred somar 31,14% e Mabel ficar com 27,66%. O duelo também coloca em lados opostos Jair Bolsonaro (PL) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que apoiam os representantes de seus partidos, e suas ambições políticas. Caiado tem pretensão de disputar a presidência em 2026.
Esse pleito marca uma disputa inédita de segundo turno. É a primeira vez que a escolha para o comando de Palmas (TO) será definida na segunda etapa. Janad Valcari (PL) e Eduardo Siqueira Campos (Pode) estão na disputa. Janad conquistou 39,22%, e Eduardo 32,42%.
A candidata Mariana Carvalho (União) e o candidato Léo Moraes (Pode) buscam o comando de Porto Velho (RO). Mariana, que é deputada federal, recebeu 44,53% dos votos válidos, Léo somou 25,65%.
A prefeitura de Aracaju (SE) é disputada pela vereadora Emília Corrêa (PL) e Luiz Roberto (PDT). Os candidatos Abilio (PL) e Lúdio (PT) estão na disputa pela prefeitura de Cuiabá (MT).
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